Crónicas Matinais

[ quarta-feira, julho 26, 2006 ]

 

Estive fora.
Volto em breve para defender Israel.Sempre.
Até Já!

Ana [7/26/2006 03:47:00 da tarde]

[ terça-feira, novembro 08, 2005 ]

 

Da Evolução Das Espécies [ hi hi hi ]

Baía já foi do Benfica

Ana [11/08/2005 02:06:00 da tarde]

[ segunda-feira, outubro 03, 2005 ]

 

L'Shanah Tovah!

Feliz Ano Para Todos!

Ana [10/03/2005 04:07:00 da tarde]

[ terça-feira, setembro 20, 2005 ]

 

"Freedom Is Not A Gift From Heaven"

Simon Wiesenthal 1908-2005



Ana [9/20/2005 10:34:00 da manhã]

[ quinta-feira, setembro 08, 2005 ]

 

Para uma campanha muito mais alegre

O que eu gostava mesmo é que hoje o senhor Francisco Louçã escolhesse Tróia para fazer mais uma acção de campanha.
Depois de um bom almoço ir assim até à Torralta , por volta das quatro da tarde...

[ esse cidadão acusou ontem o ex-ministro Dias Loureiro de pactuar com uma empresa que, segundo o esquizofrénico líder do BE, faz negócio com os incêndios. A indecência também tem de ter limites! ]

Ana [9/08/2005 10:17:00 da manhã]

[ sexta-feira, agosto 26, 2005 ]

 

Só os burros não mudam de ideias

Estive a ler o bde e as suas "novas" teorias sobre Israel e, consequentemente, os judeus.
E mudei de ideias.
Afinal não há anti-semitismo nas cabecinhas , olhos e corações, de certos elementos desse blog.
Há pura ignorância e cegueira.
Infelizmente, para nenhum desses males há cura.

Ana [8/26/2005 11:49:00 da manhã]

[ sexta-feira, agosto 19, 2005 ]

 

Resposta ao anúncio PROCURA-SE MULHER DE DIREITA

Caros acidentais,
Para vocês: é onde vocês quiserem, quando quiserem.
Não terei a envergadura intelectual da tal Rita Andrade que mencionam , mas terei um corpinho melhor. ;)
Acho que o lugar me ficava bem, que sou alta.
E de direita . Do lado bom da direita claro, nada de extremos.
Mas deixem-me vender o meu peixe em jeito de CV alternativo:
Faço parte do clube ao qual Camilo Castelo Branco chamava «esfoladores de reputações».
Domino o trivium , mas já quanto ao quatrivium estamos mal. Quer-se dizer ainda arranho umas pianadas e acho alguma graça aos signos...
Línguas cultas , bom...também não são o meu ponto forte, mas sei insultar , com primor, em grego ;e consigo dar nós nas sinapses de muita gente com a minha mania de , em momentos de maior tensão, esgrimir várias expressões em latim. Chego ao patamar mítico das doze por minuto o que não é de somenos...
No entanto, confesso, dou-me melhor com o que Dante chamou de vulgari eloquencia.
Sou do povo; é uma evidência.
Mas não o foram também Dante, Lutero, Montaigne, Shakespeare, Cervantes e Camões?
Ora bem.
Mas , posso ser saloia, mas não sou estúpida.
O meu pai uma vez até me disse que eu era uma espécie de Anselto de Besete da família.
Peripatética , portanto.
Isto porque dedicava grande parte das minhas tardes de menina e moça a percorrer as cortes , com mestria dialéctica.
Ora o meu pai, que tem três cursos superiores completos, e um curso por correspondência por terminar-culpa dos CTT!- chamava-me então Anselmo, não devido ao excesso de pilosidades que , à época, era a minha imagem de marca [ um dia a minha empregada até me perguntou se tinhamos família no Brasil , e recordo-me vagamente dela citar um tal de Tony Ramos ] , mas porque arrotava as minhas postas de pescada mesmo em cortes. De animais.
Muita dialéctica explanei eu às centenas de galinhas, coelhos , cavalos , vacas e outras bichezas da quinta familiar.
Tal como Anselmo, também eu perdi tempo a exibir a minha erudição e retórica em cortes ignorantes.
Deixei-me disso e descobri a depilação com cera quente. E resolvi ambos os problemas.
Mas continuemos.
Depois dessa fase pus-me a estudar filosofia e política. Com afinco.
Li tudo o que me aparecia pela frente. E o que eu aprendi não tem preço.
Mas, já se sabe, este mundo ,e ao contrário do que dizem certos cançonetistas de intervenção, não é composto de mudança, mas de ignorância.
Certo dia, fazendo parte de uma equipa de jogos de sociedade, dei por mim a ser achincalhada numa vulgar partida de trivial pursuit.
É certo que sempre usei a minha riqueza intelectual com discrição. Raramente me vanglorio do meu saber. Mas, caramba!, estavamos a perder por três queijos; e eu perder nem a feijões!
Maneiras que escolhemos uma pergunta cor-de-rosa e fui escolhida ,por unanimidade, para dar a resposta, certíssima!, já que os meus companheiros de equipa não sabiam responder.
A pergunta foi esta : Quem é o "pai" do Super-Homem!?
E eu, toda lampeira , e seguríssima de mim respondi : «Nietzsche!»
Cuidais que me agradeceram?
Vilipendiaram-me foi o que foi. Cáfila...
E uma tipa muito enfezada e com o cabelo todo gorduroso, da equipa adversária, ainda teve a lata de me dizer que eu ganhava mais se lesse BDs!
Foi um golpe duro e, confesso, a partir daí contam-se pelos dedos as vezes que, em público, manifesto os meus conhecimentos.
Às vezes passo por parva, como daquela vez em que me perguntaram , no intervalo de um colóquio da CAP, qual era o fardo do homem branco. Mas prefiro assim.
Julgais que citei Rudyard Kipling? O tanas!
Disse logo que era um fardo de milho transgénico ou, na pior das hipóteses, palha.
Ou daquela vez em que um rapaz , sem cabelo, se me pôs a gritar aos ouvidos que ele era muito importante porque fazia parte da raça ariana , julgais que lhe expliquei as bases da ideia de raça ariana? Que lhe falei do profeta iraniano, Zoroastro? De Zaratustra? Da religião Persa?
Nada disso. Em vez de gastar o meu latim dei-lhe um pontapé nos tomates.
Enfim, aprendi a calar-me.
Se me perguntarem quem foi Túpac Amaru , podem ter a certeza que não digo que se tratava do cacique peruano José Gabriel Condorcanqui, descendente dos imperadores incas; que liderou a maior rebelião indígena da história das Américas nos tempos coloniais.
Digo mas é que é o novo reforço do FCP .
Mais, se dentro do mesmo tema , vier à conversa Cuzco, direi toda contente que Cuzco é um boneco dos desenhos animados que fala , originalmente, espanhol e que é feio com?a merda.. Era o que faltava envergonhar-me , explicando que Cuzco nome castelhano de Qosqo , em inca, justamente a capital inca , fundada corria o ano de 1100; lugar sagrado do templo do sol, sede do poder e centro de peregrinação religiosa.

O problema é que estar muito tempo calada é fodido. Como o Amor, certo?
E quando vi o vosso anúncio , disse de mim para mim:
«Ó Ana, manda o CV, assim como assim não tens nada a perder! E já está na altura de mostrares o que vales!»
E cá está ele.

Se me aceitarem, podem ter a certezinha que não se arrependem. E levam de brinde o meu Couraçado Potemkin pessoal : o humor!

Que dizeis, rapazes?:)

[Isto é meio a reinar meio a sério. Hoje , dia em que termina o Aviz, só a boa disposição pode salvar.]

Ana [8/19/2005 04:10:00 da tarde]

[ quarta-feira, agosto 17, 2005 ]

 




O que fazer quando tudo arde?

Apagar o fogo. Quando o que está certo é uma evidência, mesmo que tudo arda, urge apagar os fogos; todos os fogos.
Sim, falo dos colonatos, em Gaza...
Falo daqui.
Às vezes , para que o mundo avance, também é preciso saber fechar as bíblias. E deitar abaixo portões. Prender braços e pernas.
[ Sofrer. Sempre. É sina de vida.]
Às vezes , não olhar para trás, é o único caminho . Em frente.

Estar aqui, sem armas e com bagagens, é não desistir de Israel. Do meu país.

Saudações e até à vista.

Ana [8/17/2005 12:09:00 da tarde]

[ quinta-feira, julho 21, 2005 ]

 

Honni soit qui mal y pense!

Há que dizê-lo com frontalidade :
Uma pessoa não actualiza o blog com regularidade e é esquecida facilmente. Ninguém nos liga peva; na blogosfera, claro.
Não é grave.
Até porque há sempre uma boa/má alma que, sabe-se lá porque caminhos misteriosos, se lembra da gente e manda um e-mail a fazer perguntas.
De maneira que me tocou um; um mail com perguntas, às quais faço questão de responder!... logo que acabe de fritar estes croquetes vegetarianos que preparei.

Ora bem! No Verão sou mais ecologista do que o costume e gosto de ver os animais a correr soltos nos montes , de modo que rumino mais ervinhas.
São uma especialidade estes croquetes. De agriões.
E muito fáceis de fazer.
Compre, se fizer favor, um bom molho de agriões ; ou melhor, dois. Lave-os e coloque-os numa daquelas maquinetas de picar e misturar. Uma 1-2-3 é o ideal. Junte-lhes umas 5 folhas de espinafres ( não mais, porque o espinafre é arrogante e tende a comer os outros sabores ) , junte também 5 colheres de pão ralado e uma batata grande, gorda, inteirinha, e previamente cozida. Se quiser ( eu quero sempre!) acrescente uma fatia de um bom queijo. Já só faltam dois ovos, inteiros, e o tempero. Tempere de sal, pimenta, um bocadinho de noz moscada,segurelha, se tiver à mão, e misture tudo na maquineta. Dois minutinhos e já está. Depois é meter a mão na massa. Amassada que está a massa , faça pequenos rolinhos com as mãos . Entretanto já devia ter ao lume um wok com azeite bem quente ( pode ser óleo, mas eu não uso óleo para nada ) para começar a fritar. Minuto e meio de cada lado dos croquetes e pronto. Eu como este petisco com salada mista. Mas ,diz um dos meus irmãos ,que é também uma especialidade com arroz branco. Basmati.
Voilà. Estão fritos os croquetes. A salada está lavadinha e pronta a temperar.
Vamos então às perguntas e respectivas respostas.

António Sarmento ( que se tem blog esqueceu-se de o mencionar no e-mail ) pergunta-me se eu tenho algum problema em comentar as manifs dos colonos israelitas , radicais, e da violência que estão a provocar, isto porque estranha o meu silêncio ; pergunta-me também se agora mudei de ideias sobre o extremismo, já que ele toca "o meu lado" sic.
Pergunta-me ainda se eu ainda acho que o problema do Médio Oriente é o terrorismo e se eu terei "tomates" sic, para lhe responder.
Vamos a isto.

Meu caro António, do alto do meu metro e setenta e cinco ( tenho andado com uns sapatos compensados que me dão mais uns centímetros ) tenho a dizer-lhe que tomates é coisa que nunca me faltou.
Mais acrescento que as suas perguntas são muito levezinhas ,de maneira que não vejo onde está a necessidade de ter coragem para lhe responder.
Já menos levezinha é a sua terminologia - o António chama nazi-fascistas aos israelitas, aos judeus, em geral - mas eu a isso nem vou responder. Não dou pérolas a porcos.

Fique sabendo que considero fundamental a paz para o meu país. Sim. Israel também é o meu país. É o país de todos os judeus que amam a liberdade, a democracia e a paz.
Por isso é óbvio que não pactuo e muito menos serei condescendente com os 300 a 400 radicais de direita israelita , sim, extremistas, que não abdicam dos colonatos nos territórios ocupados. São, aliás, e desde sempre, uma pedra no sapato de Israel. Mais, muitos deles nem sequer reconhecem o Estado de Israel . Os extremismos exasperam-me. Sejam eles islâmicos, cristãos, ou ultra-ortodoxos. Não aceito radicais e extremistas na sua globalidade.
O extremismo mata qualquer possibilidade de paz . Ou melhor, o extremismo mata. Só.

Eu sei o que leva esses colonos radicais e não ceder. A terra prometida. O direito bíblico. A tradição.
Mas a realidade não é compatível com todos os sonhos e profecias. Que D-us me perdoe, mas não posso pensar de outra maneira. Aliás, que D-us me perdoe uma vírgula, porque tenho a certeza que D-us está de acordo.
A Palestina é de judeus e de árabes. Desde sempre. Judeus primeiro, árabes depois. Mas é dos dois povos. Irmãos desde os tempos mais remotos.
Irmãos de sangue, de tradições, de raça .
Mas tal como os extremistas palestinianos, os extremistas israelitas já não aceitam essa verdade absoluta. Foram tantas as guerras, correu tanto sangue, que eles já não se lembram dos laços. Só do mal. Das bombas, dos checkpoints , da repressão. Do medo.
Todos os judeus são meus irmãos. Mas os irmãos não estão sempre certos, nem ao abrigo de críticas.
Não estou do lado dos radicais, dos extremistas, israelitas. Estou do lado dos que querem a paz e dos que lutam por ela. Dos que sabem que o futuro depende dos dois lados.Não apenas de um.
Estou do lado dos que reconhecem os erros e estão dispostos a corrigi-los.Estou do lado dos soldados que, mesmo com o coração apertado, estão nos checkpoints. Numa palavra, estou do lado de Israel. Do futuro.
E sim, António, o problema do Médio Oriente continua a ser o terrorismo. Os terrorismos.
As bombas assassinas dos palestinianos radicais.Terrorismo maior, que vem de longe. O terrorismo intelectual dos radicais ultra-ortodoxos que não avançam no tempo e que estão dispostos a tudo menos a encarar a realidade dos factos. Irmãos até nisso, na radicalidade. Não comparo um atentado suicida que mata inocentes a uma manif, isso nunca. Mas sei que, na prática, essas manifestações violentas dos colonos têm o mesmo efeito: inviabilizam a paz .
Estão as respostas dadas.
E agora vá , se fizer favor, para o raio que o parta.

Olha, e com isto fiquei como o Campos e Cunha: cheinha de cansaço.
Vou-me mas é aos croquetes que lucro mais.

Ana [7/21/2005 03:30:00 da tarde]

[ quinta-feira, julho 14, 2005 ]

 

Há-de haver um caminho!

A última vez que aqui vim, estava contente por Londres ter sido escolhida para receber os JO de 2012. Depois foi o que se viu.
Mais um dia negro para a humanidade. E mais desculpas esfarrapadas da parte dos que não percebem que não há nenhum mas. Quem não condena o terrorismo não merece o ar que respira.
Entretando ando a ler. Sempre me acalmam e alimentam,os livros.
Pela primeira vez : «Filomeno a mi pesar - Memórias de un señorito descolocado»; de Gonzalo Torrente Ballester.
A versão portuguesa é da Dom Quixote , já tem uns anos a que me chegou às mãos, e tem um senão: o título não respeita o original, o que é um pecado, chama-se só « Filomeno para meu pesar".
É muito bom.

Como o Verão está cá em força, e como sou pouco amiga de livros "estivais", mas defendo até à morte a leitura ...nas férias ...e fora delas, i.e.,sempre! , aqui vos deixo mais uma sugestão de leitura( cof cof ) levezinha:

«Os Tarahumaras» de Antonin Artaud.Relógio d'Água.
Nunca tinha lido Artaud em português e, parece-me, é ainda um maior desafio à nossa capacidade de entendimento e compreensão.Atrevam-se, em vez de se encherem de novelas e gelados da Olá. :)



Entretanto não posso deixar de dar os parabéns ao meu querido Miguel Tomar Nogueirapelos dois anos de blogosfera. Sem pessoas como o Miguel, sem blog(s) como o(s) dele, a blogosfera não teria grande interesse.

Fui...
Mas volto.

Ana [7/14/2005 05:22:00 da tarde]

[ quarta-feira, julho 06, 2005 ]

 

Aviso:

Este blog não acabou.E muito menos a patroa.Estamos a recuperar.Sem banhos.
Até já!

E viva LONDRES!!!!

Ana [7/06/2005 06:34:00 da tarde]

[ sexta-feira, junho 17, 2005 ]

 

Justo entre as nações

Entre 17 e 19 de Junho de 1940 Aristides de Sousa Mendes salvou a humanidade.
Que nunca se esqueça.


Ana [6/17/2005 02:49:00 da tarde]

 

Pois levas dois presentes Francisco! Um por cada ano: um poema e um beijo.

From The Frontier Of Writing

The tightness and the nilness round that space
when the car stops in the road, the troops inspect
its make and number and, as one bends his face

towards your window, you catch sight of more
on a hill beyond, eyeing with intent
down cradled guns that hold you under cover

and everything is pure interrogation
until a rifle motions and you move
with guarded unconcerned acceleration?

a little emptier, a little spent
as always by that quiver in the self,
subjugated, yes, and obedient.

So you drive on to the frontier of writing
where it happens again. The guns on tripods;
the sergeant with his on-off mike repeating

data about you, waiting for the squawk
of clearance; the marksman training down
out of the sun upon you like a hawk.

And suddenly you're through, arraigned yet freed,
as if you'd passed from behind a waterfall
on the black current of a tarmac road

past armor-plated vehicles, out between
the posted soldiers flowing and receding
like tree shadows into the polished windscreen.


[Seamus Heaney]

Ana [6/17/2005 02:25:00 da tarde]

[ segunda-feira, junho 13, 2005 ]

 

Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
E o que nos ficou não chega
Para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
Gastámos as mãos à força de as apertarmos,
Gastámos o relógio e as pedras das esquinas
Em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro,
Era como se todas as coisas fossem minhas:
Quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
Porque ao teu lado
Todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
Era no tempo em que meus olhos
Eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
Uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
Já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
Tenho a certeza
De que todas as coisas estremeciam
Só de murmurar o teu nome
No silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
Não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.


Eugénio de Andrade

Ana [6/13/2005 03:38:00 da tarde]

[ quarta-feira, junho 08, 2005 ]

 

Depois da Europa...os trabalhos manuais!
E o meu lema das páginas amarelas é:
Woody Allen
Masturbation Personality: Woody Allen


What's Your Masturbation Personality?
brought to you by Masturbation Techniques


[Via Controversa Maresia ]

Ana [6/08/2005 03:28:00 da tarde]

[ sexta-feira, junho 03, 2005 ]

 

Admitam e não se fala mais nisso!

Ontem ouvi Max Gallo num programa de televisão e, no momento , tive vontade de lhe arrancar os olhos. Ou a língua. Metaforicamente, claro.
Mas estava errada.
O argumento maior de Max Gallo para dizer Não ao Tratado constitucional é certo. É , aliás, o único argumento que está certo.
Todos os outros são irrelevantes.
Estou a ser arrogante? Olhem , paciência!
Façam de conta que sou francesa, pá!

E o argumento maior de Max Gallo é este: é irrealista transformar vinte e cinco(27) nações soberanas, com tantas diferenças e especificidades , numa única "federação".
A história já o provou e continua a prová-lo. Gallo defende que a única solução que pode dar resultados é fazer alianças entre alguns países , duas ou três nações juntas , até quinze . Mais é impossível; é utópico .
Tem razão!
Basta ver o que se passou em França e na Holanda para perceber , se formos realistas , que não há possibilidade alguma de um dia nos entendermos todos.
Finalmente descobrimos de que massa são realmente feitos os europeus.E a descoberta fez-se graças a um enorme erro. Lá está o povo a ter razão, quando diz que há males que vêm por bem.
Mesmo tratando-se de um Tratado constitucional e não de uma Constituição pura e dura, o maior erro de quem sonha uma Europa unida , foi ter começado com a ideia peregrina dos referendos populares.
Calma, não comecem já com comichões , a dizer que eu sou uma ditadora e o diabo a quatro , que se puserem o cérebro a trabalhar vão perceber que tem toda a lógica.
A nossa Constituição foi votada? E a Francesa? E a Alemã?
Claro que não. Nós - povo - votamos nos políticos, elegemo-los; depois de eleitos a função dos políticos é essa: fazer, analisar, aprovar ou reprovar. É esse o sistema democrático que faz o mundo evoluir; andar para a frente.
Pontualmente pode consultar-se o povo, claro.
Mas a espinha dorsal não pode ,nem deve , ser referendada. Leis pontuais sim; uma Constituição, jamais!
Querem perceber o que estou a dizer , percebam, não querem perceber e preferem apontar-me o dedo e chamar-me porca fascista, estejam à vontade que é para o lado que durmo melhor.

Bom, voltando à vaca fria: Entendimento , a partir de agora, é impensável. Abriram-se feridas e descobriu-se - porque só agora se consultou o povo e se deu oportunidade ao povo de se pronunciar sobre a União Europeia que , até há alguns meses , era totalmente desconhecida da maioria dos povos europeus - que, no fundo, ideias bonitas como solidariedade, igualdade e fraternidade não são válidas extramuros. Já intramuros sabe D-us!, quanto mais a vinte e cinco!
Um francês quer que os outros todos se fodam bem fodidos; um inglês idem , um dinamarquês idem aspas e um belga idem aspas aspas. Por exemplo.

Assim sendo, tomada que está a consciência de que o ponto comum entre todos é , apenas e só, a situação geográfica , mais vale irmos todos de férias -de preferência para outro continente - e deixar-mo-nos de palermices de uniões "políticas".
Só a economia continuará a ligar as nações europeias. O Resto são sonhos de noites de Verão. Muito calor = actividade cerebral reduzida.

Eu, que desde sempre dediquei os meus mais estimados ódios a vários pedaços da Europa , deixei-me seduzir pela ideia de uma Europa unida , forte e solidária, porque sou muito nova .
E , já se sabe, os novos não pensam.
Admito que errei. Tanto critico as ideias utópicas e acabei por cair no mesmo erro.
Mas graças à chapadona de realidade que levei, abri os olhos.

E,quando tiver de os fechar - daqui a muitos anos, espero! - que tenha apenas , à minha volta, espanhóis e ingleses. Juntos, como historicamente sempre estivemos, e nada de roedores de queijo ou fumadores de marijuana ! Mainada !

Para mim, a campanha pelo Sim acabou.
Disse.


P.S. Nada do que digo em cima modifica a raiva ,genuína, que me anda a roer por dentro ,sempre que ouço ou leio argumentos como : «Todos os argumentos são bons para votar Não ».
Posso mudar de ideias e dar o braço a torcer ,várias vezes por dia, se for preciso.
Mas em questões de princípio ,de moral se quiserem ,não cedo um milímetro.
No dia em que - depois de ouvir , por exemplo, os argumentos nazistas de Le Pen ou os da equipa camarária de Amesterdão cujo porta ?voz, ainda na segunda-feira, afirmava na televisão que os árabes muçulmanos deveriam ser expulsos dos bairros da cidade e que só se deveria dar dinheiro aos estrangeiros que provassem merecê-lo - eu deixar de gritar , bem alto, que quem diz coisas semelhantes merece punição exemplar... eliminem-me! Porque se esse dia chegar...não mereço melhor sorte.
E ponto final.

Ana [6/03/2005 12:48:00 da tarde]

[ quarta-feira, junho 01, 2005 ]

 

Nasceu a Leonor!

Para a querida mãe e para o querido pai todos os parabéns do mundo!
Para a princesa Leonor um presente : fraquito, umas mal traçadas linhas abruptas ,quiçá poesia. Já sabeis, terei alma de poeta, mas nem a pena, nem o talento, colaboram.
Quero lá saber. É do coração. Para os três.

L de Lealdade, LEONOR. Pequena flor - amor perfeito.
E de Embalar,enternecer -o toque dos teu pequenos dedos -entrelaçar
O de Obra-prima: olhos com estrelas, cheiro doce - algodão rosado.
N de Namorar-te : pegar-te e cantar-te canções com fadas -ver-te dormir.
O de Oração -pequeno anjo. De Obrigada. De Obrigado.
R de Recordar - pela vida fora - o dia em que o sol nasceu.
*************************************************************************************

[ Devem-me, os três, sete euros e meio de rímel -regard sublime- YSL. ]

Ana [6/01/2005 12:29:00 da tarde]

[ segunda-feira, maio 30, 2005 ]

 

Les cons ont droit à leur fierté

Não é o não francês que me chaga a molécula.
Se havia uma pergunta com duas respostas possíveis, é tão legítima uma como outra.
O que me chaga a molécula é que toda a campanha do não francês foi feita com base na premissa de que a França é quem mais ordena na Europa, e que se a França diz não, todos devem mudar de ideias e seguir a França.
Isso é insuportável, arrogante e anti-democrático.
É o total desrespeito pela opinião de todos os outros povos, de todos os outros países da UE.
A França não tem legitimidade para impôr o que quer que seja a quem quer que seja, tal como todos os outros 24.
Numa união ,mesmo esta feita com cuspo, onde os cordeis são demasiados frágeis por questões antigas ou recentes, é inadmissível que haja um país onde uma campanha se desenrole como se desenrolou em França.
Onde houve um argumento comum a filhos da puta da extrema direita , e a idealistas utópicos da extrema esquerda : se nós dissermos não, todos os outros têm de se vergar à nossa vontade.
É inadmissível e foi isso que me doeu mais durante toda a campanha .
Porque de facto o Não da extrema direita e o Não da extrema esquerda não são iguais, de todo! São mesmo o oposto. O segundo é demagógico, o primeiro é pura e simplesmente criminoso.
Mas ambos apostaram na fierté dos franceses...de serem franceses!
Ou seja, nenhum dos campos do Não defende , realmente, a ideia que levou à ideia da União Europeia.
Não está em causa a legitimidade do não, percebem? Está em causa a legitimidade de todos os países . Duzentos e vinte milhões de europeus já disseram sim ao tratado . Pois , para o campo francês do não, isso é secundário. Aliás, este referendo , aqui em França, pouco versou sobre os outros. Foi sempre considerado um assunto interno. Apenas e só um assunto interno.
Sempre que a opinião de personalidades de outros países , sobre o debate francês, era dado a conhecer , a crítica surgia - unânime : « mete-te na tua vida, ó estrangeiro de merda!»
Não aceito isso e, francamente, apetece-me mandar a França , e os franceses que ainda não perceberam que o mundo pode avançar sem eles , para a puta que os pariu!
A França, a maioria do povo francês, tem todo o direito de dizer não. Mas não pode esperar que quem disse sim, e que quem ainda nem sequer disse nada, desista das suas convicções e vontades.
Disse não e agora arca com as consequências e espera que os outros digam também de sua justiça.
Não pode exigir - não tem qualquer direito para o fazer - que o processo pare antes da hora; que haja um plano B imediato. Que haja sequer um plano B por sua causa.
Quem dita as regras é a União Europeia, a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu.
Não é a França.
Por muito que lhes custe, não são os franceses sozinhos os chefes supremos da UE. Não são porque não podem ser; nem eles nem nenhum dos outros membros.
Se não a União Europeia não faria qualquer sentido.
E faz. Faz ,mais do que nunca, sentido. E ainda faz mais sentido num país que coloca na segunda volta das presidênciais um fulaninho chamado Le Pen...
É isto que me faz estar zangada com a França . Não o Não em si.
Como já disse, se há uma pergunta, e se essa pergunta tem duas respostas possíveis, é tão legítima uma como a outra.

Mas , não nos enganemos, no Não da França há também mão racista e ultra-nacionalista. Uma mão bem cheia.
Porque os franceses que votaram ontem , são os mesmo que votaram nas presidênciais de 2002. Não só, mas também.
E eu, sinceramente, não se sinto confortável com isso.
Seja como for, o que é preciso marcar bem, é que o processo de ratificação do tratado só termina em Novembro de 2006. E , até lá, a França espera , como todos os outros estados membros, por uma decisão definitiva. Mesmo que se discuta a actual crise a fundo, está fora de questão - tem de estar fora de questão! - renegociar o que quer que seja sem que se consultem os restantes milhões de europeus que ainda nada disseram.
Se não for assim, então que se acabe de vez com a ideia de uma União Europeia . Mais vale.
É muito mais democrático!

Ana [5/30/2005 04:05:00 da tarde]

[ sexta-feira, maio 20, 2005 ]

 

Para ler seguido sem pontuação

[Já sei que há um "sítio do Não".
Este é um sítio do Sim.]

E sinceramente mesmo que eu não tivesse tido paciência para ler o texto do Tratado Constitucional e eu tive e em 4 línguas diferentes para ver se batia tudo certo!!!e mesmo que eu não concordasse com o que lá está escrito (mas eu concordo, eu concordo! ) e mesmo que no tratado dissesse que todos os cidadãos da UE seriam obrigados a aceitar práticas sodomitas em sistema rotativo e de seis em seis meses praticadas por elementos de cada um dos vinte e cinco estados membros e ainda por cima a seco eu votaria sempre sim porque mais vale ser sodomizada e até comer pastelinhos de caganitas de rato do que votar ao lado de alguns filhos da puta de estrema direita e alguns de filhos da puta de estrema esquerda e mesmo que fosse só um filho da puta de cada um dos lados para mim já era de mais estamos entendidos?
Mainada pá...

E agora vou fazer o teste do stress que , cheira-me, ando um bocadito stressada...


Ana [5/20/2005 03:19:00 da tarde]

[ sexta-feira, maio 13, 2005 ]

 

O post Peripatético

Eu sei que , esta época, tenho falado pouco de futebol. Isto já se sabe, a bola é redonda ...
No entanto ,amanhã - no que pode ser o dia D - acredito que me vou rir muito.
E cá vos deixo o poema da bola, pá!

The Dragon-Fly

Life (priest and poet say) is but a dream;
I wish no happier one than to be laid
Beneath a cool syringa's scented shade,
Or wavy willow, by the running stream,
Brimful of moral, where the dragon-fly,
Wanders as careless and content as I.

Thanks for this fancy, insect king,
Of purple crest and filmy wing,
Who with indifference givest up
The water-lily's golden cup,
To come again and overlook
What I am writing in my book.
Believe me, most who read the line
Will read with hornier eyes than thine;
And yet their souls shall live for ever,
And thine drop dead into the river!
God pardon them, O insect king,
Who fancy so unjust a thing!


[Walter Savage Landor]

Ana [5/13/2005 03:20:00 da tarde]

[ quarta-feira, maio 11, 2005 ]

 

Qui potest capere capiat

[Isto tem de ser rápido que a internet via telemóvel está pela hora da morte. ]

Dizia Borges que a mais estúpida tentação do artista é a de julgar-se génio.Graças a D-us não sou artista. Maneiras que...
Brincadeirinha.
Ontem à noite, entre a tomada da pastilha e o livrozito da ordem, dei por mim a ver um programa literário dividido em duas partes. Da segunda já não me lembro. Da primeira hei-de guardar singelas recordações. O tema central : reféns. O tema dissimulado: o terrorismo.
Estavam lá três dos mais mediáticos (ex) reféns franceses que, actualmente, têm livros nos escaparates. O pioneiro Roger Auque [«Otages, de Beyrouth à Bagdad»] , que é um jornalista fora-de-série, quase sempre justo e quase sempre sensato - o que é (muito, muito, muito ) raro num francês; e estavam os dois mais mediáticos do momento : Christian Chesnot e George Malbrunot que publicam juntos «Mémoires d'Otages».
Cada um vendeu o seu peixe - a dupla um bocadito envergonhada a fazer de conta que os raptores , apesar de brutos como as casas, sanguinários e facínoras, lá terão as suas razões...
O primeiro, Auque, a dizer o que deve ser dito : que sim, que ser raptado por terroristas deixa marcas, possíveis de ultrapassar claro, mas que o fundamental é nunca esquecer que quem faz esse tipo de gracinhas é "gente" podre; cortadores de cabeças; terroristas ; filhos da puta em toda e qualquer circunstância e que tentar compreendê-los é pactuar com eles.
Depois falou um rapaz tímido , um bocadito alienado mas puro, como só os bons corações podem ser, Arno Klarsfeld, um judeu que sempre se bateu pela libertação de reféns, no Médio Oriente, e que ficou conhecido , há uns anos, por ter subido ao palco num comício do FN de Le Pen, ter- lhes chamado racistas de merda, filhos da puta, e ter levado um arraial de pancada da grossa.
Gosto muito de Arno Klarsfeld, e sugiro vivamente o seu último livro : «Israël Transit».
Bom, aquilo estava a correr bem , cada um a defender a sua dama e assim é que está certo.
Só que depois o apresentador do programa «Vol de Nuit», Patrick Poivre d'Arvor, apresenta um novo livro : «L'énigme Al Qaida».
Escrito a quatro patas, perdão!, a quatro mãos, por dois senhores especialistas em tudo - e cujos nomes agora me falham (?) e que, grosso modo, afirma o seguinte : A Al Qaida não existe!
Ora tomem lá e embrulhem. A Al Qaida não existe. É uma invenção do ocidente, especialmente dos americanos, claro.
E Bin Laden, não é líder de nenhuma perigosa organização terrorista porque , como está bom de ver, não se pode liderar uma coisa que não existe...certo?
Ora pois. E os dois senhores dizem assim isto , cheios de propriedade, invocando a sua "qualidade de especialistas" e toca prá frente que atrás vem gente.
De maneira que me entalei e tudo.
Que grandes artistas!...

Ana [5/11/2005 12:20:00 da tarde]

[ quinta-feira, abril 21, 2005 ]

 

De maneira que não sei muito bem que programa escolher para a retoma da emissão...
Se calhar vou reflectir mais um bocadito! Hum...


Ana [4/21/2005 04:23:00 da tarde]

[ terça-feira, abril 19, 2005 ]

 

Este blog retoma a emissão dentro de "momentos"



É só mais um bocadinho enquanto acabo de beber o chá ...

Ana [4/19/2005 03:25:00 da tarde]

[ quarta-feira, abril 06, 2005 ]

 

Com licença, estou com pressa...

Mas ainda tenho tempo de dar 4 beijinhos na querida Charlotte : dois pelo bloscar e dois pelos 2 anos de blogosfera!

Há demasiados funerais para cobrir e o tempo não chega para tudo; de maneira que até mais logo que a minha vida não é esta...

Não posso, no entanto, deixar de recordar um dos grandes escritores eternos que hoje se apagou:



Shalom Saul Bellow !

Ana [4/06/2005 04:11:00 da tarde]

[ quarta-feira, março 30, 2005 ]

 

Toca a contribuir,se fizerem favor:

Leonard Cohen a Nobel!

Ana [3/30/2005 12:28:00 da tarde]

[ segunda-feira, março 21, 2005 ]

 

Dia Mundial da Poesia & Dia Mundial da Árvore

Árvore Aberta

Dobrei teus pulsos a dura aranha
do teu corpo
a tua árvore
faca que rasgou a barreira do ventre
a tua face abrindo-se como um barco
amei-te tempestade de ossos e de nervos
contra ti
contra ti

exílio
pátria sobre o chão
e fuga

furiosa e suave lâmina animada
bebida a jactos
aranha alta e linda
enclavinhada
destilando o suor a baba o vinho a seiva
o estrépito da primavera
de uma árvore que se abre
no silêncio


António Ramos Rosa



AS ÁRVORES.

Eu espero, sim, que essas árvores cresçam. Adormeço com elas todas as noites, embalado pela sua sombra. Lembro-as de memória, sobre a relva verde. Lembro as suas folhas, caindo de noite. Mesmo as que ainda não vi, eu espero que cresçam, que me esperem, que me abriguem nesse dia em que mais precisarei delas, ouvindo o ruído do mar não muito longe. Tenho, a cada minuto, saudades dessas árvores.

Francisco José Viegas

Ana [3/21/2005 01:41:00 da tarde]

[ terça-feira, março 15, 2005 ]

 

Ah Pois!

Estão de volta os Bloscares. Versão 2005. Revista e aumentada.Trabalho fantástico, como sempre, do queridíssimo Miguel Tomar Nogueira.
E eu é que sou a gaja que faz parte do júri. Essa é que é essa.
So...
Este ano -apenas e só por isso- não ganho eu! [ eheheheh...]
Mentira.
Este ano vai ganhar a ... e o...e o prémio do júri vai para o blog....
Ai querem saber?
Pois se sim adulem-me. Mas em termos. Nada de mariquices tipo: «ai que simpática que é esta rapariga». Pfff
Quero coisas em grande!
Estou a pensar :
-« Os gajos que dão os Nobel são uma cambada de peixes cabeçudos por nunca terem agraciado a Ana Albergaria, pá!» ( o pá é fundamental! )

-« Ó Tininha, deixa lá os morangos com açucar e anda cá ler esta senhora do Crónicas Matinais para veres o que é uma mulher a sério, carago!»( o carago é fundamental!)

-« Desculpe, senhor presidente, mas se a menina Ana Albergaria diz que o BE é uma cáfila é porque é uma cáfila , e eu não posso aparecer, em público, com camelos ao lado. Queira desculpar, mas tudo menos isso!» ( o tudo menos isso é fundamental! )

-«Olha, Zeferino, tu bem te podes babar todo por essas gajas, mas em comparação com a Ana Albergaria , a Monica Bellucci é um travesti com bigode e a Eva Herzigova sai ao pai!» ( o sai ao pai é fundamental!)

Coisas em grande. Portanto.
Depois não digam que não vos avisei... [ :)) ]


Agora três coisas ainda mais sérias:

-A lista de agradecimentos está quase pronta e espero publicá-la em breve. Até lá renovo os obrigadas!

-Continuo a receber cartas ,muito boas, sobre o desafio que lancei há dias -«Liberdade de Expressão»- e espero, o mais rapidamente possível, publicar essas cartas aqui.Tenho andado sem tempo por isso a demora.

-A minha respiração voltará totalmente ao normal, se, esta noite, o meu FCP não me deixar ficar mal.

Ana [3/15/2005 11:42:00 da manhã]

[ segunda-feira, março 14, 2005 ]

 

Caraças pá...

Estava quase a conseguir levantar um braço (arranquei a perfusão à bruta ) para escrever os agradecimentos devagarinho...quando li que um artigo de jornal diz que era giro ter um governo só com mulheres e até aponta nomes. Dei com os olhos no nome Ana Gomes e voltei a enfiar a perfusão rapidamente e em força. O colapso aproxima-se. Vejo tudo negro...Agradeço depois se sobrevi...bip...bip...bip...bip...

Ana [3/14/2005 12:25:00 da tarde]

 

Declaração de Intenção

Quando me desentubarem ( a maldição da casa do Dragão!) e me desligarem da máquina que me ajuda a respirar, hei-de cá vir agradecer , de forma personalizada, a todos os que aludiram -com tanto carinho e simpatia- os 24 meses deste blog.Hei-de agradecer comovida e bip...bip...bip...bip...bip...

Ana [3/14/2005 10:56:00 da manhã]

[ sexta-feira, março 11, 2005 ]

 

( Hoje ) O Meu Coração Está Em Madrid


Ana [3/11/2005 12:56:00 da tarde]

 

( Ontem )Voltei A Innisfree



Oh, Inisfree, my island, I'm returning
From wasted years across the wintry sea.
And when I come back to my own dear Ireland,
I'll rest a while beside you, gradh mochroidhe.*


[*amor do meu coração em gaélico ]

Ana [3/11/2005 11:22:00 da manhã]

[ segunda-feira, março 07, 2005 ]

 

Entretanto este blog também fez dois anos.

Ana [3/07/2005 09:50:00 da manhã]

 

Razões para mandar a blogosfera às urtigas e alguns bloggers para o cara...enfim.

No Barnabé,claro!

Ana [3/07/2005 09:44:00 da manhã]

[ quarta-feira, março 02, 2005 ]

 

E se eu tivesse um nome gaélico?

The Lake Isle of Innisfree

I WILL arise and go now, and go to Innisfree,
And a small cabin build there, of clay and wattles made;
Nine bean rows will I have there, a hive for the honey bee,
And live alone in the bee-loud glade.

And I shall have some peace there, for peace comes dropping slow,
Dropping from the veils of the morning to where the cricket sings;
There midnight's all a glimmer, and noon a purple glow,
And evening full of the linnet's wings.

I will arise and go now, for always night and day
I hear lake water lapping with low sounds by the shore;
While I stand on the roadway, or on the pavements gray,
I hear it in the deep heart's core.


[Yeats]

Ana [3/02/2005 10:50:00 da manhã]