Crónicas Matinais

[ quarta-feira, abril 30, 2003 ]

 

Já me lembrei!

O Gato Fedorento é um blog simpático e muito divertido. E respondeu, na pessoa ilustre de Miguel Góis , a um e-mail meu. Gosto do humor dos rapazes que fazem esse blog. São divertidos e fazem o tipo de humor que me delicia: o humor inteligente. Gosto deles, pronto!

Espero que o link funcione. Foi a Iccima quem me ensinou, já esta manhã, antes de seguir para a minha cidade invicta, onde se vai encontrar com a Lena
Que inveja delas!!!

Daqui a pouco vou colocar fotografias...
É só um instante que preciso de me concentrar primeiro...e de fazer exercícios de respiração Zen!

Ana [4/30/2003 12:41:00 da tarde]

 

Tuto va bene!

Isto porque , disse-me um passarinho verde ( vulgarmente conhecido como agência Lusa) , Mário Soares diz que o Prof.Cavaco Silva é " bom candidato" às presidenciais.
Eu, por acaso, também acho!
Mas fico contente que a amizade entre esses dois homens , esses dois animais políticos ( apesar do Soares ser mais animal que o Cavaco) , seja agora escarrapachada !
E mais: esta noite , Mário Soares levou a Cortes , Leiria, o Prof.Cavaco, para que ele , na casa-museu João Soares , dissesse de sua justiça, ou seja, explicasse o que se passa com a economia portuguesa e, mais, apontasse soluções. E ele apontou, que ele pode ter cara de miúdo, mas de números percebe ele!
Eu cá fico contente porque eu sou "cavaquista" e não o renego! ( Qualquer reclamação será bem vinda ).

Outra coisa: Sempre que há alguma pontinha , por pequena que seja, de esperança de Paz no Médio Oriente, ou entre Israel e a Palestina, melhor dito, há ataques terroristas . O novo executivo palestiniano condenou, claro! Mas, e tal como já fez saber o governo de Telavive, já chega de boas intenções. Há que acabar com isso.
Para que os palestinianos possam, então, viver em Paz.
Este é um assunto complexo e difícil. Os que me conhecem, sabem que, mesmo sendo judia, sou 100% a favor de um estado palestiniano. Mas terrorismo não! Já chega!
Para quem como eu já lá andou, já lá esteve a sentir aquilo tudo na pele, a ideia maniqueísta de árabes contra judeus não colhe. A questão não é só essa... Mas agora não me apetece falar sobre isso , porque não me quero já irritar...

E não me quero já irritar por duas razões:
1- Já estou irritada que chegue por via da meteorologia ...está a chover cães e gatos , cá na cidade Luz e está frio.
2- Estou cheia de pena do senhor Bölöni...e, sempre que fico com pena de treinadores de futebol de clubes rivais, irrito-me!

Enfim.

Já cá venho outra vez, que tinha mais qualquer coisa para dizer mas...varreu-se-me!

Ana [4/30/2003 12:00:00 da tarde]

[ terça-feira, abril 29, 2003 ]

 

Hilariante!!! Iupi!!!

Bom dia a todos ! Recebi um e-mail hilariante por causa cá do blog. Vou reproduzir, não resisto :

Diz assim : Cara Ana,
Gostei de ler o teu blog. Apesar de não saber quem és , ou o que vales, achei engraçada a maneira como escreves. Sorri com os textos engraçados e fiquei apalermado com a forma como encaras a política. Dir-se-ia que a estudaste bem.
Também achei engraçado , sendo tu -aparentemente, uma rapariga, não teres falado dos teus problemas mais profundos como são os problemas de pele, a difícil escolha do vestuário, a má digestão do canário, a falta de gosto dos vizinhos do lado e coisas do género. Vou voltar ao teu blog, quanto mais não seja porque gostei do título.
Um abraço,
João C.


Ora bem!

Muito obrigada, João! A sério.
Sempre que recebo e-mails de pessoas que não me conhecem, por causa do blog, fico estarrecida! Mas na vertente boa da palavra.
Eu não faço publicidade cá ao blog; não peço aos meus amigos para mo promoverem e, mesmo assim, os meus queridos amigos , não só do Pastilhas, mas também da vida a 3D, fazem links cá para o blog. E, pouco a pouco, vou recebendo mais correio. Acho fantástico!!!
E logo eu que me estou nas tintas para ...enfim! Tou contentita, pázinhos! ;)

No fundo sabe bem.

Outra coisa:
Hoje não há comboios em Portugal. Paciência. A moda das greves é o que dá. É à francesa! Grrrr
Na actualidade está, também, o empate do meu F.C.Porto com a Académica. Quer-se dizer, os Dragões emparam com o Pedro Roma. Só quem não viu o jogo é que não acredita que o Roma, sozinho, dominou os remates dos azuis e brancos. Está bem. Afinal de contas a Académica fica sempre bem na 1ª Liga e o Porto faz a festa do título para a semana...

Em termos internacionais , a actualidade está ,ainda, no Iraque, e ainda bem!( incidentes em Falluja) e na Ásia, por via da SRA ou pneumonia atípica. Confesso que o caso me começa a assustar à séria. Vivi lá por essas bandas e ainda lá tenho muitos e bons amigos. De cada vez que telefono e um deles espirra ou tosse...entro em pânico! Entretanto mandei-lhes máscaras, de cá, não vá a coisa esgotar. ( Esta minha preocupação é mesmo séria...)

E agora, senhoras e senhores, meninos e meninas, historinha da vida real:
Paris, 29 Abril ( ou seja ontem) 20h30m -casa de um amigo.
Historinha propriamente dita:
Eu fui ver o jogo do FCP a casa desse amigo e levei amendoins. Não porque seja forreta , mas porque foi isso que me pediram para levar.
Cheguei lá e já lá estava mais malta, amiga de ver a bola. A minutos tantos, tocam à porta , o anfitrião foi abrir; e , por ela, ou seja pela porta, entra-me uma senhora , assim em jeito de árvore de Natal , mas em cor-de-rosa, toda muito coradinha e saudável. Não me escapei, até porque estava mesmo ao pé da porta, e ela foi-me apresentada. Muito prazer, diz ela. O prazer é meu, digo eu;... enfim, o costume.
Fomos para a sala. Na sala, fez-se um bonito convívio ,à volta dos comes-e-bebes, e enquanto deitávamos o olhinho ao jogo do Boavista com o Vitória, que já decorria.
Um amigo que lá estava, começou a falar-me do trabalho ( ele também é jornalista) e da actualidade e assim... e a senhora de cor-de-rosa, espetou as orelhitas e ficou a ouvir a nossa conversa. Tudo bem, não falávamos de segredos de estado por isso...ça va!
De repente, a boa da senhora, com a bocarra cheia de pastelinhos de bacalhau, mais uma meia dúzia, pelo menos, de rissois , perguntou-nos , atirando-nos perdigotos inimagináveis de comida, se nós eramos da televisão!
Que não, que já fomos, mas que somos mais da rádio e da escrita, respondemos...a gente os dois . ;))
E ela: ahhhh ( abrindo a boca e mostrando a cabeça de um camarão ) quer-se dizer...a menina fala...na rádio?
E eu: ah...bem...se me coloca as coisas assim ...ah...sim, falo sim.
Ela: que máaaaaxiiiimooooo! E a que horas é que fala lá na rádio??
( o meu amigo,a esta altura, já tinha ido chorar para a casa-de-banho...)
Eu: bem...ah...depende...
Ela: E diz os programas é? as músicas e assim??
Eu: Não. Sou jornalista...
Ela: ahhhhhhh( mais perdigotos ) diz as notícias?
Eu: É mais ou menos isso...
Ela: Os meus parabéns!...deve ter feito muitos estudos...o liceu todo, não?
Eu:...ah...mais ou menos...com licença que me estão ali a chamar...

E pronto. Eu até nem me importo de conviver com certa comunidade lusa aqui em Paris de França...mas...pleaseeeeeee!!!



Ana [4/29/2003 12:06:00 da tarde]

[ segunda-feira, abril 28, 2003 ]

 

Eu estive aqui.

íccima
(desculpa Ana, mas sempre sonhei fazer isto)

Ana [4/28/2003 12:44:00 da tarde]

 

Paris, 28 Abril de 2003

Querido diário: ...nã!

Ainda não cheguei a tanto. Mas queria dizer umas coisinhas, sempre cheia de frontalidade, que é a imagem de marca cá da je.

Eu não sei ( e não me vou esforçar) colocar links aqui; nem sequer introduzir um espaço para comentário. Mas a minha amiga Tânia ( Iccima) vai fazer isso por mim, porque eu não tenho segredos, e vou dar-lhe cá a password para ela me fazer esse enorme favor! Depois podem insultar-me; ou elogiar a minha voz rouca e radiofónica; ou os meus olhos negros...ou então não dizer absolutamente nada! ...é como vos der mais jeito, que isto , em liberdade, é assim mesmo!

Mas, se eu já soubesse fazer links, este MacGuffin a bold, daria entrada no blog deste meu amigo, de quem gosto muito, e assim ficaria mais bonito. Mas, como não sei, só te posso, Mac, responder assim e, caso tenhas a gentileza de me vir cá ler, ficas a saber, meu querido, que é claro que não é porque não usas cravo que és fascista, pois se eu escrevi , também, precisamente issso . Eu também não uso cravos ao peito. E estou calma, calmíssima ...hoje! Mas no 25 de Abril fico sempre irritada com as velhas frases cá do nosso clube de direitistas esclarecidos. ;)
Já sabes, meu querido, que não entro em fundamenralismos. Nunca. E é por isso que me irrita que se fale sempre do 25 de Novembro como se o que originou isso não fosse, de facto, o 25 de Abril. Eu também faço críticas, muitas, ao PREC e afins. Também fico com pele de galinha quando me lembro das atrocidades, e escrevo atrocidades querendo mesmo usar essa palavra, que se cometeram nessa fase quente. E também odeio os ideiais comuno-revolucionários, ideiais que depressa se transformaram em doutrinas de crime. Sei isso tudo. Mas sei, também, que se não fossem os "capitães de Abril" ...enfim, tu sabes bem onde quero chegar.
Por isso não cuspo no prato que tanto nos deu. Limito-me a respeitar o espírito, sem pensar nas tropas fandangas que se aproveitaram dessa fase para se governarem e transformar o nosso debilitado Portugal numa república das bananas. Porque isso são contas de um rosário que não cabe nos festejos da liberdade, penso eu. Olha, no dia 26, por exemplo, já me parece uma altura boa para denunciar todas as atrocidades cometidas! ;) percebes, meu querido?
Lembro-me sempre de uma amiga minha, que por acaso está a viver em Pequim ( como a amiga da Charlotte) , que me dizia: Ana, eu não gosto do 25 de Abril, porque aqueles senhores que fizeram a revolução vestiam-se super-mal! E eu odeio gente pindérica! :)
É sempre nisso que penso, quando ouço os nossos irmãos ideológicos, dizerem as mesmas coisas , over and over, sobre o espírito de Abril. Como se a revolução não tivesse sido apoiada por todos os que tinham consciência; fossem de direita ou de esquerda. Ou dos extremos, que, como sabes, são iguais. É por isso que me irrito. Porque sei que, e tal como diz o meu avô, mesmo tendo ( a minha família) perdido património; mesmo tendo familiares perseguidos e espoliados por comunistas em fúria, a liberdade, essa foi real. E a liberdade é fundamental. E , com ela, pudemos fazer o 25 de Novembro. Porque sem isso, sem a coragem dos capitães, Portugal não teria renascido tão depressa. E eu fui educada a perceber isso e a não cuspir no prato em que como. E é por isso que sempre que leio , ouço, vejo, as críticas do costume, da nossa família ideológica, fico , também, com pele de galinha. Porque me irrita a cegueira que, muitas vezes, as ideologias comportam. E a nossa não é, e temos de o admitir, excepção. E porque eu gosto de pôr os pontos nos is. E porque digo sempre o que penso,seja politicamente correcto, ou não. É só isso. Nada mais do que isso.
E um grande beijinhos para ti! :) E podes contar comigo para as comemorações do 25 de Novembro! :)

Outra coisa:
O meu amigo Hank Chinaski tem um blog. E o endereço é este: http://fordmustang.blogspot.com/
E o Hank é uma das pedras mais preciosas que o Pastilhas me deu. Sou absolutamente fã do Hank; ele escreve-e sente- como poucos. E eu admito-o muito. Para mim é sempre urgente ler o Hank.

Ainda outra coisa: uma das outras pedras preciosas que o Pastilhas me deu chama-se Helena Miranda, aliás, Lena.
E a Lena, hihi, fez a pazes com o meu "blógo de notas" ( olha que bom nome que este era para um blog! vou registá-lo! )
Escreveu-me o seguinte, a minha Lena:

Foi com agrado que li a sua crónica sobre o glorioso FCP. Fiquei
extremamente comovida com as palavras genuinamente tripeiras que nos
dirigiu
(especialmente quando, mais apaixonada ainda, mostrou ganas de dar um
linguado ao Dr. Pinto da Costa).
Venho assim, por este meio, a modos que tentar reatar a nossa relação
directora de blógue - fiel consumidora.
Também eu sou uma adepta ferrenha. Não tenho camisola, mas já mandei
vir de
Itália, uma réplica da Nossa Senhora que o clube deu a Sua Santidade o
Papa.
Com os melhores cumprimentos,

Dr. Helena Miranda

p.s. O Porto é o maior, caralho!


Aqui está a resposta:
Minha boa amiga, tem toda a razão ; e quem fala assim não é gaga!
E sobre o ícone...fique a minha boa amiga sabendo que também já madei estampar essa imagem- já mística- numa t-shirt de algodão! Coisa mailinda! :)
E beijos para si!
( A minha amiga tem o blógo mais original e interessante de toda a blogosfera, fique sabendo...)

E pronto. É tudo por hora.



Ana [4/28/2003 11:10:00 da manhã]

[ sexta-feira, abril 25, 2003 ]

 

Duas coisas, em jeito de regra de três simples : 1- O meu FCP é o maior, carago!
2- Sou de direita . Mas fico fodida ( peço desculpa pelo termo, mas não encontro um verbo melhor) quando os meus companheiros de direita me vêm com as histórias do 25 de Abril, dizendo que a liberdade só chegou mesmo com o 25 de Novembro!
Até é isso mesmo, mas...é preciso ser o Einstein para perceber que sem o de Abril o de Novembro não teria existido?
Encanita-me estes fundamentalismos mesquinhos; sempre me irritou; muito. O facto de gostar de ouvir a Grândola não faz de mim uma comuna. O facto de não andar com cravos na lapela, também não faz de mim fascista!
Haja paciência...

E eu estou cada vez com menos paciência...deve ser da idade!

Ana [4/25/2003 06:35:00 da tarde]

[ quinta-feira, abril 24, 2003 ]

 

Bom dia!
Estou nervosa por via do meu Porto.

Não que, qual sibila, preveja catástrofes, não!
Mas porque não estou muito habituada a que todos elogiem o clube do meu coração- o F.C.Porto- como acontece esta época.

Ainda me lembro de um famoso criminoso nacional, dizer na TV que o F.C.P. era, apenas, um pequeno clube de bairro, um pequeno clube regional...
E lembro-me, muito bem, como os supostos 6 milhões de acólitos dele, e mais os 3,5 milhões de lagartos, e mais os outros milhões todos de outros clubes, se riram muito com a gracinha e acharem que sim; que era mesmo isso!
( Não sei se reparam que, acreditando nesses números, a população portuguesa deve , afinal, ser de uns 20 milhões ...)

Eu gosto da bola. Não é porque sou rapariga, e porque pareço de facto rapariga, i.e., não tenho bigode, nem ar de camionista, que vou dizer que não gosto da bola.
Gosto muito! Aliás, quem me quer ver feliz, é olhar para mim em plenas Antas , toda bicolor e cheia de apetrechos a condizer, a torcer pela minha paixão! Isso e a ouvir relatos. Papo-os todos; todinhos! E adoro.

A ideia de que o futebol é uma perda de tempo, um espectáculo pouco intelectual é errada! É uma perfeita mentira.
Eu não me ralo nada de estar a ler um tratado hiper-super-mega intelectual e, depois, ir ver a bola!
Só quem nunca viu um jogo de futebol , à séria, não percebe a magia, a poesia, a metafísica desse desporto!

Todas as pessoas que admiram a beleza, a inteligência e a arte deviam ver um bom jogo de futebol.
Porque num bom jogo de futebol é uma coisa sublime! É a humanidade elevada a uma máxima potência; isto se pensarmos no Pelé,no Romário, No Ronaldo, no Eusébio, no Maradona, no Platini, no Jardel, no Figo, no Rui Costa, No Sérgio Conceição e...no Domingos , no Capucho ( estes dois sei que podem não concordar, mas eu adoro aqueles rapazes!), no Baía, e claro! no mágico Zidane!

São uns senhores, carago! Uns senhores!

E não é porque eu leio desde os 4 anos, que devoro literatura, jornais, revistas e pratos de nouvelle cuisine , que vou renegar a beleza que encontro na bola.
É um prazer físico e ver o meu Porto a marcar golos, uns atrás dos outros, dá-me tanto gozo como 15 sessões de sexo tântrico , ou quando me encontram o ponto G...

Enfim. Estou nervosa; com nervoso miudinho...porque a conjuntura hoje é de tal forma magnífica que me sinto em festa. Nunca como hoje me senti tão mal por ser imigra e emigra...porque se pudesse, estava mas é ao lado dos meus, como a Elisa Ferreira, e o resto eram cantigas...

E depois até era mulher para, se não pudesse estar com eles, ir ao Aeroporto buscá-los, às tantas da matina, e beijá-los a todos na boca, com língua e tudo ( incluindo o Pinto da Costa), e sem ter medo de pneumonias, atípicas ou outras!

Sinto-me eléctrica! Cheia de esperança e de alegria...e raios me partam se não passar o dia com a minha camisola do F.C.P. , que até tem o meu nome, e o mítico número 10 ,e que me foi oferecida pelo meu clube!

Temo , por outro lado, que hoje, enquanto estiver a entrevistar uns senhores que me calharam em sorte na agenda diária, a meio das entrevistas me levante e comece a gritar goloooooooooooooooo, ou então a fazer uma onda humana...
Mas, se tal acontecer, também não há-de ser nada...amanhã volto a vestir os meus fatinhos Chanel , a calçar os sapatinhos Prada, e a fazer os meus discursos muito ponderados e supostamente inteligentes e assim...

Viva o Porto! E boa sorte para os manos axadrezados...que isso é que eu gostava de os comer de cebolada na final! hihi



Ana [4/24/2003 10:33:00 da manhã]

[ quarta-feira, abril 23, 2003 ]

 

Dia Mundial do Livro. Hoje.

The Love Song Of J.Alfred Prufrock by T.S. Eliot

LET us go then, you and I,
When the evening is spread out against the sky
Like a patient etherised upon a table;
Let us go, through certain half-deserted streets,
The muttering retreats
Of restless nights in one-night cheap hotels
And sawdust restaurants with oyster-shells:
Streets that follow like a tedious argument
Of insidious intent
To lead you to an overwhelming question …
Oh, do not ask, “What is it?”
Let us go and make our visit.

In the room the women come and go
Talking of Michelangelo.

The yellow fog that rubs its back upon the window-panes,
The yellow smoke that rubs its muzzle on the window-panes
Licked its tongue into the corners of the evening,
Lingered upon the pools that stand in drains,
Let fall upon its back the soot that falls from chimneys,
Slipped by the terrace, made a sudden leap,
And seeing that it was a soft October night,
Curled once about the house, and fell asleep.

And indeed there will be time
For the yellow smoke that slides along the street,
Rubbing its back upon the window-panes;
There will be time, there will be time
To prepare a face to meet the faces that you meet;
There will be time to murder and create,
And time for all the works and days of hands
That lift and drop a question on your plate;
Time for you and time for me,
And time yet for a hundred indecisions,
And for a hundred visions and revisions,
Before the taking of a toast and tea.

In the room the women come and go
Talking of Michelangelo.

And indeed there will be time
To wonder, “Do I dare?” and, “Do I dare?”
Time to turn back and descend the stair,
With a bald spot in the middle of my hair—
[They will say: “How his hair is growing thin!”]
My morning coat, my collar mounting firmly to the chin,
My necktie rich and modest, but asserted by a simple pin—
[They will say: “But how his arms and legs are thin!”]
Do I dare
Disturb the universe?
In a minute there is time
For decisions and revisions which a minute will reverse.

For I have known them all already, known them all:—
Have known the evenings, mornings, afternoons,
I have measured out my life with coffee spoons;
I know the voices dying with a dying fall
Beneath the music from a farther room.
So how should I presume?

And I have known the eyes already, known them all—
The eyes that fix you in a formulated phrase,
And when I am formulated, sprawling on a pin,
When I am pinned and wriggling on the wall,
Then how should I begin
To spit out all the butt-ends of my days and ways?
And how should I presume?

And I have known the arms already, known them all—
Arms that are braceleted and white and bare
[But in the lamplight, downed with light brown hair!]
It is perfume from a dress
That makes me so digress?
Arms that lie along a table, or wrap about a shawl.
And should I then presume?
And how should I begin?
. . . . .
Shall I say, I have gone at dusk through narrow streets
And watched the smoke that rises from the pipes
Of lonely men in shirt-sleeves, leaning out of windows?…

I should have been a pair of ragged claws
Scuttling across the floors of silent seas.
. . . . .
And the afternoon, the evening, sleeps so peacefully!
Smoothed by long fingers,
Asleep … tired … or it malingers,
Stretched on the floor, here beside you and me.
Should I, after tea and cakes and ices,
Have the strength to force the moment to its crisis?
But though I have wept and fasted, wept and prayed,
Though I have seen my head [grown slightly bald] brought in upon a platter,
I am no prophet—and here’s no great matter;
I have seen the moment of my greatness flicker,
And I have seen the eternal Footman hold my coat, and snicker,
And in short, I was afraid.

And would it have been worth it, after all,
After the cups, the marmalade, the tea,
Among the porcelain, among some talk of you and me,
Would it have been worth while,
To have bitten off the matter with a smile,
To have squeezed the universe into a ball
To roll it toward some overwhelming question,
To say: “I am Lazarus, come from the dead,
Come back to tell you all, I shall tell you all”—
If one, settling a pillow by her head,
Should say: “That is not what I meant at all.
That is not it, at all.”

And would it have been worth it, after all,
Would it have been worth while,
After the sunsets and the dooryards and the sprinkled streets,
After the novels, after the teacups, after the skirts that trail along the floor—
And this, and so much more?—
It is impossible to say just what I mean!
But as if a magic lantern threw the nerves in patterns on a screen:
Would it have been worth while
If one, settling a pillow or throwing off a shawl,
And turning toward the window, should say:
“That is not it at all,
That is not what I meant, at all.”
. . . . .
No! I am not Prince Hamlet, nor was meant to be;
Am an attendant lord, one that will do
To swell a progress, start a scene or two,
Advise the prince; no doubt, an easy tool,
Deferential, glad to be of use,
Politic, cautious, and meticulous;
Full of high sentence, but a bit obtuse;
At times, indeed, almost ridiculous—
Almost, at times, the Fool.

I grow old … I grow old …
I shall wear the bottoms of my trousers rolled.

Shall I part my hair behind? Do I dare to eat a peach?
I shall wear white flannel trousers, and walk upon the beach.
I have heard the mermaids singing, each to each.

I do not think that they will sing to me.

I have seen them riding seaward on the waves
Combing the white hair of the waves blown back
When the wind blows the water white and black.

We have lingered in the chambers of the sea
By sea-girls wreathed with seaweed red and brown
Till human voices wake us, and we drown.


Ana [4/23/2003 05:55:00 da tarde]

 

Ontem não pude ver a famosa entrevista da famosa Judite de Sousa ao Famoso Carlos Fino.( Vivo no estrangeiro...)
Mas como tenho muitos amigos, um deles ligou-me na altura em que a dita cuja decorria e pôs-me a ouvir pedaçitos...
Ora , na altura em que comecei a ouvir, estava o famoso Carlos Fino a dizer à famosa Judite de Sousa que-oh maldição!- a certa altura as empregadas de limpeza deixaram de fazer a limpeza da ordem, no Hotel Palestina (ex-quartel general do ministério da informação iraquiano ) , e ele próprio teve de limpar o pó no seu quartinho!!!

Não se faz! Coitadinho do famoso Carlos Fino!
É por estas e por outras que me bato,- eu menos famosa em terras lusas- porém repórter também- pelo aumento do subsídio de risco para os grandes repórteres!
É que ninguém imagina o mal que faz a um jornalista o pó! É desumano! Vai contra todas as convenções , de Genebra e outras!
Sempre se sofre muito numa guerra...

Bahhh, muito gostava eu de contar aqui umas coisinhas sobre repórteres de guerra famosos...mas infelizmente não tenho tempo e hoje só me apetece falar de livros...

Outra coisa: hoje é obrigatório falar de livros; e lê-los! E tirando hoje...é sempre!!!

Ainda outra coisa:
Vi hoje ( que tenho andado com mais que fazer) , que no blog Cruzes Canhoto venho mencionada, quer-se dizer, esta minha tentativa de blog, nesse blog.
Agradeço. E, mal consiga dominar o animal, ou seja, consiga colocar aqui links e essas coisas , retribuo.
Mas o que me encanitou foi ter sido catalogada como "seitista"; como fazendo parte da Seita do MEC.
É um orgulho ser , de alguma forma, relacionada com o MEC...mas não curto nada a ideia de fazer parte de uma seita.
Anda aqui uma rapariga a ser jornalista , longe da pátria, a enfrentar perigos inimagináveis...e, vai-se a ver, o que fica registado é a "seitice"...
Mas pronto. Tá bem.
Obrigadinha à mesma.

Ana [4/23/2003 11:40:00 da manhã]

[ quarta-feira, abril 16, 2003 ]

 

Vamos então passar a ser 25. O clube simpático de 25 nações, que se amam e odeiam, há séculos.
Está bem...por mim...
O que gostaria de lembrar é que: desses 10 novos países, 8 têm, em conjunto, um PIB menor que a metade do PIB actual...da Holanda!
E que desses 10, há apenas dois que são mais ricos que Portugal.

Ora bem: Vai sair muito caro aos Tugas este alargamento. Mas reconheço que sou a favor dele. Porque agora é que acabou mesmo a " guerra fria", e eu sou mais ..."guerras quentes".

E por falar em guerras quentes, gostaria de dizer que a ideia dos EUA atacarem agora a Síria é absurda e, mesmo estando a ser feita a ameaça , ela não passa de" bluf". A ver se os sírios andam na linha-que bem é preciso!- e , como se pode ver, está a resultar. Tenho a certeza. Por isso as almas mais sensíveis podem dormir descansadas e guardar as bandeiras do Mao, do Che, e do Arafat na gaveta ; e esperar sentados por novas manifs.

Já a Coreia do Norte é outra história. Mesmo sabendo que o regime ditatorial de Pyongyang tem de ser dizimado ( e não estou a dizê-lo numa vertente belicista, mas sim diplomática) , só loucos pensariam em atacar um país que anda há mais de 50 anos a armar-se , não só em parvo, mas nuclearmente.
Não é preciso ser-se muito inteligente para saber isto. Um país, um regime, que dedica a sua existência ao armamento e não tem sequer preocupação em alimentar o seu povo-que , à falta de mais ervas daninhas- não come nada! - não pode ser tratado como um país "convencional".
O valor da vida, para este regime hereditário da Coreia do Norte, não é nenhum. E, como tal, não se pode atacar um bando de loucos que não pensariam duas vezes em dar cabo do mundo todo. Por isso uma intervenção militar só pode estar fora de questão.
Aqui, neste caso, só duas coisas resolvem : a morte do ditador e seus amiguinhos, e a diplomacia. Mas a diplomacia à séria, sem as habituais hipocrisias tipo: ai coitadinhas das criancinhas que estão a sofrer... Como se isso não acontecesse há mais de 50 anos!

É por isso que mesmo os que defenderam - com orgulho ( como eu!) - a intervenção no Iraque, não podem sequer pensar em fazer o mesmo ao restante Eixo do Mal.
A Síria , diplomaticamente, é de fácil controle , e aqui Israel tem de cooperar a bem do si próprio e da estabilidade regional. Também não simpatizo particularmente com a Síria, pois sabe-se que apoia o terrorismo, etc. Mas isso todos os países da região o fazem; e quando digo todos, quero dizer mesmo todos.
E com a Coreia do Norte é preciso estar atento; travar-lhe eventuais dislates e acções desvairadas...e esperar o momento certo para lhe atacar o coração, ou seja : o Kim!

De ntervenções militares, com coerência, penso que , por ora, estamos conversados.


Ana [4/16/2003 03:07:00 da tarde]

 

Bom dia !

Tenho cá mais uma missiva da drª Helena ...
Pensei não a colocar porque, sejamos honestos! , ninguém gosta de insultos...Mas a sotôra Helena ainda me acusa de ser a imperatriz do lápis azul ou o caneco...por isso vou colocá-la cá e comentar. Afinal de contas é para isso que serve o blogue, não é? Para responder ; e afirmar, etc.

Aviso as almas mais sensíveis, que este e-mail pode ofender. Contém elementos que vilipendiam , se se estiver para aí virado.
Como a minha alma não é assim tão sensível...
Portanto, vamos lá à missiva reaça :


Como lhe dei a conhecer ontem, acompanho o "Crónicas Matinais" desde a
sua
fundação e é já longa a memória que tenho dos textos com que a senhora
e os
outros leitores participantes me costumam brindar, logo que ligo o
computador, de manhãzinha, no sítio onde trabalho. Tenho, por isso,
como
deve compreender, uma imensa estima por esta casa.
É com dificuldade que lhe escrevo estas linhas, uma vez que a
admiração que
a Dona Ana me merecia era igualmente enorme. No entanto, e para minha
grande
surpresa, vi-me completamente insultada e enxovalhada (como nunca o fui
em
toda a minha vida) e conheci-lhe a si, Dona Ana, uma faceta que eu não
imaginava sequer que possuia, mas que insistiu em exibir até ao mais
ínfimo
pormenor. Pensei muito, antes de lhe responder.
No entanto, adjectivos como vulgar, malcriada e medíocre, caracterizam
perfeitamente, creio, a atitude espantosamente desenquadrada com que
resolveu responder-me ao email de ontem.
A total ausência de sentido estético que a sua resposta reflecte,
leva-me a
aconselhá-la seriamente num só sentido, como se todas as outras coisas
que
lhe poderia também dizer, e das quais a poderia igualmente acusar
(quiça em
tribunal), se desvanecessem completamente - e uma só, que não se pode
mais
adiar, sobressaísse, quebrando o silêncio mesmo contra a minha vontade
(porque sim, eu preferia calar, mas a revolta que sinto cá dentro é
superior
a mim):
Eleve-me esse espírito, Dona Ana, eleve-me essse espírito!

Cordiais cumprimentos,

Dra Helena Miranda


Resposta:

Pfff
Uma pessoa que assina com Dra...não me merece grande resposta!...


E agora lembrei-me de outra coisa:
Hoje é o dia mundial da voz, por iniciativa de um médico português; um senhor muito simpático e visionário.
Eu gosto muito de vozes; às vezes o mais imbecil dos calhaus com olhos que se cruzam nos nossos caminhos, podem tornar-se pessoas quase interessantes por terem uma boa voz. Pelo menos a mim acontece-me sentir isso.
Há qualquer coisa de mágico nas vozes. E eu, que vivo da voz , só às vezes me dou conta de como a trato mal. Fumo uns 100 cigarros por dia, mais coisa menos coisa; bebo água gelada quando tenho calor, emborcando de seguida uma cházinho a ferver...; Por via de camisolinhas mais decotadas , apanho frio na garganta, etc.
Ora, hoje, e por ser o dia que é, vou tratar bem a minha voz. Primeiro vou reduzir o tabaco: só vou fumar 99 cigarros!!; só beberei água tépida e chá gelado...e, acima de tudo, vou vestir uma camisola de gola alta! É a minha homenagem à voz!
Claro que devo ficar doente, à mesma, isto porque hoje está muito calor, e a camisolinha vai fazer-me suar; ora suando, sentindo calor, vou ter de ligar o ar condicionado no frio...e a coisa vai, seguramente, ter consequências.
Mas, hei!, não se pode ter tudo!...

P.S. Já cá venho outra vez, falar do alargamento da Europa Unida. 25 ...vamos ser 25. Ou seja, hoje, no dia Mundial da Voz...cai, de novo, o muro de Berlim...




Ana [4/16/2003 10:28:00 da manhã]

[ terça-feira, abril 15, 2003 ]

 

Bom dia. Estou com anemia! ( muito gosto eu de versejar...)
Mas, quer rime quer não, é verdade.

Outra coisa:
Recebi um e-mail da senhora drª Helena Miranda , onde ela me trata por você. E comenta o meu comentário sobre José Saramago.
( Lena, como me tratas com formalidade, responder-te-ei em conformidade ;) )

O email é este:
Olá cara Ana
Sou fiel leitora deste blog, desde a sua criação.
Li o comentário que fez ácerca do artigo do Saramago no El País.
No que diz respeito à escrita do nosso nobel, o que me acontece é que
acho
os livros fabulosos, as ideias geniais, mas à medida que as páginas vão
passando, sinto-me a perder o entusiasmo, a perder o entusiasmo, de
maneira
que nunca consegui acabar nenhum.
Por exemplo, este último "O Homem Duplicado", tem um ritmo e uma
fluidez
tal, que me lançaram num consumo quase obsessivo da obra. Só que
bastou-me
parar durante dois dias (no ponto, e repare-se, em que ia já com mais
de 3/4
lidos) para nunca mais regressar. Começo a pensar que é um caso de
incompatibilidade.

Quanto à política:
O caso de Cuba foi realmente vergonhoso


A resposta:
Minha cara amiga,
ler, por exemplo, " O Ano Da Morte De Ricardo Reis" e " Ensaio Sobre A Cegueira" é entrar no reino mágico da genialidade. Só que não é para todos.
Diz a minha amiga que vai perdendo o entusiasmo à medida que vai lendo. ...Isso não será gases?
Pergunto isto porque , a sobrinha de uma amiga de uma prima de uma colega da minha tia , em segundo grau, tem o mesmo problema.
A rapariga comprava os livros, lia as badanas , entusiasmava-se , lia os primeiros capitulos e depois parava de os ler. defenitivamente.
Veio a descobrir-se que, por via dos gases, ela começava a contorcer-se , sempre que lia em posições desconfortáveis, e perdia todo o interesse na leitura desses livros. Talvez porque o retomar a leitura dessas obras, lhe lembrasse as dores dos gases , não lhes voltava a pegar. Life is cruel...
Por isso me lembrei que pudessem ser gases, drª Helena; mas não sei.
Também pode ser, e tal como diz, incompatibilidade...
O que estimo é o que lhe desejo, e muito obrigada pela preferência.

Hihi, isto é que eu gosto de responder a e-mails via blogue! ...Se calhar também abro uma secção de correio sentimental...acho que até tenho jeito...Hum...

Ana [4/15/2003 11:12:00 da manhã]

[ segunda-feira, abril 14, 2003 ]

 

O José Saramago, um escritor do qual gosto muito; mesmo muito-independentemente de estarmos nos antípodas - no que ao entendimento do mundo diz respeito- deve ter dormido um bom soninho e acordou ontem quase clarividente . Isto porque, ao comentar os três fuzilamentos da semana passada, em Cuba, [ os fuzilamentos dos sequestradores] disse Saramago que, e passo a citar: "Cuba não ganhou nenhuma heróica batalha fuzilando esses três homens, mas perdeu a minha confiança, destruiu as minhas esperanças e defraudou as minhas expectativas". Escreve-o hoje, num artigo de opinião no " El País".
Saramago, como se sabe, sempre apoiou o regime de Fidel , mas agora diz-se "decepcionado" e diz que "discordar é um acto irrenunciável de consciência". Pois.
Eu, que não quero bater mais no ceguinho, gostava só de reiterar a minha total confiança na sabedoria popular; e nos ditados populares. Mais vale tarde do que nunca!

Ana [4/14/2003 12:45:00 da tarde]

 

Bom dia! [ pelos vistos , nos blogs, não há bom dia, nem boa tarde e nem sequer boa noite, mas eu como não percebo nada disto, vou dizê-lo sempre me que der na real gana.]
Portanto, bom dia, esse fim-de-semana? Isto é que vai uma porcaria de tempo, hã? Pois...já o tivemos pior, pois com certeza...
E então queria aproveitar este espaço que é grátis!!, para mandar mais umas mensagens ao mundo , porque isto com sorte até pode ser consultado em bunkers , e sempre pode contribuir para a boa-disposição de certos ditadores que andam a monte, como as cabras, ou melhor, cabrões...

Há , para começar, uma série de agradecimentos que gostaria de fazer : [ Ana pega no seu papelinho enroladinho, olha para o público , sorri , puxa mais para baixo o decote do vestido , e começa a agradecer, mal a trilha sonora de 45 segundos começa a tocar...]

Queria agradecer aos meus pais...e irmãos...e amigos e... OK!
Não.
Queria agradecer as centenas, mais que centenas, DEZENAS (hihi) de e-mails que tenho recebido por via cá do blog, ou beluga como diz o nosso Luís-Lego.
Umas têm muita pinta , atentem:

" Tens alguma piada, miúda ! Mas vê-se mesmo que a blogosfera não é o teu ambiente. Disseram-me que escreves bem e que eras inteligente . Fico a aguardar para ver se é verdade. Boa sorte. " ( assinatura ilegível )

Ó meu caro amigo, por quem é? ( eu sou pelo FCP, carago! )
Não acredite em tudo o que lhe dizem , que isso depois é só desilusões. Primeiro, já não sou bem uma miúda... depois o ambiente é uma coisa muito relativa; Quanto a escrever bem...tem dias!...e à inteligência...outrossim!
E boa sorte para si, também!

Recebi também um outro, também de um desconhecido, que como tem uma parte elogiosa não vou cá colocar, mas que me pede para continuar a fazê-lo rir!
Pois que respondo que pode sempre contar comigo para isso!!! Eu nasci para isso, aliás, em vez de Ana deveria chamar-me ...batatinha, ou croquete ou assim :)
Não. Eu gosto de provocar sorrisos nas pessoas. Isto porque gosto de fazer aos outros, o que gosto que me façam a mim.
Pode continuar a contar com palhaçada, que eu sou danada para a brincadeira. ;)

Os outros e-mails que recebi, são de amigos firmados, muitos da clínica onde me trato , ou seja, o Pastilhas.
Um deles, o do V., o já mítico Difool -da memória-inventada, comoveu-se; e por duas razões:
a primeira e a segunda! Mais nada!
[ V. amigo, companheiro, eu nunca saberei trabalhar com HTML; e pela mesma razão que não me permite utilizar o cortador de relva xpto que o meu pai comprou lá para a quinta da família: porque SOU UMA NULIDADE COM MÁQUINAS! Porque a minha inteligência é Basic :), no que a electrodomésticos diz respeito!
Eu , às vezes, até tenho dúvidas no Word, o que é muito complicado pois, como sabes, vivo do que escrevo e digo, e quando essas dúvidas se me assaltam...mando cada pessegada aos meus "clientes"que eles duvidam , não só do meu doutoramento, mas , e especialmente, do meu diploma da ...escola primária!!!
Sou um caso perdido; uma obra desenganada; etc. Além disso sou alérgica a revisões( por isso tanta falha, erro e má acentuação) e não tenho capacidade de assimilação de coisas que não envolvam literatura ou política. :)
Sei lá, sou uma nulidade nessas coisas. Mas, também te digo, faço um cozido à portuguesa como poucos!!! E não se pode ter tudo ! Mas, querido V. , vou tentar e vou chatear-te com as minhas dúvidas , já que tão simpaticamente te ofereces para me fazer ver ...a luz!

Agradecimentos também para a minha mais que tudo , a Lena, a Helena Miranda; e agradecimentos para a querida Charlotte e para o querido MacGuffin que nem sabem no que se meteram em "linkar-me" nos seus blogs sérios.
Este meu é a reinar, é para "estrambolicar".

Recebi também um e-mail que gostei muito. Diz apenas isto:
" Quem és tu? "

É, de facto, a pergunta. Pois que posso responder isto: Sou uma mulher, que vive da garganta que D-us lhe deu; e da escrita. Pois que é jornalista. Pois que é emigrante/ imigrante; Pois que é "rato de biblioteca"; pois que é melómana ; abstémia; tem vários gatos mas, actualmente, vive só com dois; pois que é limpinha e tenta sempre alegrar o "mundo". Porque rir é sempre o melhor remédio.
E precisa de escrever ( e falar) com intensidade. Como quem corta as veias e deixa correr o sangue!

P.S. Dou recompensa a quem adivinhar quem primeiro utilizou esta expressão ,feliz, num livro triste.

P.P.S. Hoje morreu Pedro da Silveira. Açoreano e erudito à séria. ( Trabalho para casa : ler qualquer coisinha dele, ainda estão em tempo e só vos vai fazer bem! )
Também recebi

Ana [4/14/2003 10:41:00 da manhã]

[ sexta-feira, abril 11, 2003 ]

 

E ainda este outro:

Do outro lado do espelho ou a as aventuras de

Saddama

Meu rico santantoninho, sobrinho-neto de Alá, e se não fores sobrinho neto, desculpa a minha ignorância, mas a culpa não é minha, a culpa é da sociedade machista onde me fizeste nascer, tu e mais esse teu parente que é a Luz dos olhos de todos nós, do nosso povo, etc.
Escrevo-te esta carta, meu santantoninho, porque em tempo de desespero temos de apelar a todos os santos, pelo menos foi isso que sempre ouvir dizer, e eu sou uma pessoa influenciável, deixo-me ir...ouço aqui, ouço acolá e acabo por fazer como os outros.
De maneira que, meu rico santinho, venho apelar às tuas boas graças, à tua influência , por via do salvamento do meu homem, do meu amado, do meu Saddam!
Sabes tu que mo prenderam? Tenho chorado lágrimas de sangue e olha que já não o fazia desde que o meu Saddam fez aquela festa, não sei se te lembras, com aqueles gases que fazem arder os olhos e até deram cabo de uma porrada de curdos mudos, ou surdos, ou lá o que eles eram, e que misturados com aqueles gases culinários fizeram aquele efeito magnífico , não sei se te lembras, de nos fazerem chorar as tais lágrimas de sangue, o que até depois li numa revista que era milagre, pois há muita igreja, muito templo, onde isso também já aconteceu, fora da Babilónia, e disseram que era milagre.
E isso só confirma como o meu homem é um homem santo, capaz dos milagres mais modernos e tudo.
E por via desses gases culinários, que eram de pimenta, ou mostarda, eu não tenho bem a certeza que sou uma nulidade na cozinha, de especiarias não percebo a ponta de um corno de veado, isto porque o meu Saddam é que se ocupa de me dar o arroz, a mim e a todos, e ele é que percebe dessas coisas porque, como todos dizem, ele é um bom garfo; é de muito boa boca graças a Alá e à saúde de ferro com a qual nasceu, o que vem a dar no mesmo.
E portanto estou aflitinha de todo, que ouvi dizer que me apanharam o homem quando ele estava com a guarda em baixo, porque ele está sempre em sentido...mas é mais de manhã, até me disseram que isso é normal nos homens, que é uma coisa que tem a ver com o urinar e tecnologias de ponta matinais, e eu acredito, que sou crente!
E então apanharam-me o homem à noite, estava ele a dormir e estava cansado porque tinha estado a ver um compacto do Dallas, que é uma série que ele aprecia muito, porque diz que há lá um senhor com quem ele se identifica bastante, um tal de JR, e o meu homem até uma vez comprou um chapeu como o dele e andou a fazer rodeios dentro do nosso palácio , utilizando-me como vaca para treinar o atirar do laço, e isso fê-lo muito feliz e , por consequência, também me fez muito feliz a mim, que se ele está bem, eu estou bem, que isto quando se ama é assim e pronto.
E então disseram-me que o apanharam, de pijama , despenteado e sem sequer ter o bigode penteado também, uma grande desgraça se formos a ver que essa é a imagem que o nosso povo idolatra, é a da sua boa figura, dos seus tesouros capilares lustrosos e negros e muito bem penteados que isto uma pessoa que é conhecida, que tem mais outdoors espalhados pela terra que aquela galdéria das mamas grandes , aquela loira do soutien com almofadas e a que alguém teve a infeliz ideia de pôr o nome bíblico de Eva...
Levaram-me portanto o homem e estou aqui em cuidados sem saber o que vai acontecer. Foram aqueles filhos de um grande satã, aqueles calhaus com olhos que andam para aqui a querer transformar a nossa terra num desses países onde só há putas, bêbados, casas de fado, de pasto e de decoração; revistas cor-de-rosa , partidos de siglas combinadas, onde toda a gente diz o que pensa , e onde há música que nem sequer tem a decência que incluir nos seu refrão o nome do grande líder, e, ainda pior, com oposição!
É na mão desses grandes cães do inferno que está o meu Saddam, um homem bom, duro mas bom, que só pensa no bem do próximo, é só ver como toda a nossa família ganha com isso e quem não é bom com a sua família não é boa rês. E não há nada mais próximo do que a nossa família e quem diz o contrário é infiel e merece que lhe enfiem uma kalashnikov pelo c...enfim merece um castigo.
Meu santantoninho tu pela tua saúde ( e pela dos teus) ajuda-me neste momento de dor e de angústia que eu prometo que nas próximas eleições, quer dizer, na próxima consulta popular democrática , até te deixo ajudar a colocar as cruzinhas naqueles boletins de voto, e assim podes participar na verdadeira democracia, porque como se sabe a verdadeira democracia é aquela que trata todos por igual e é por isso que levam todos com a mesma cruz , literalmente , e em sentido figurado.
Fico à espera que me mandes um sinal, uma luz, porque nesta aflição não me aguento, ainda sou capaz de morrer de stress por via da preocupação. E além disso se não te mandasse esta carta ( esta e mais 1500 idênticas a amigos teus) e o meu Saddam se safasse sozinho e viesse a saber que eu não mexi uma palha para o ajudar, era homem para me virar do avesso e me pôr a secar ao sol , na entrada do palácio, como se fosse um bacalhau e , já se sabe, sabendo-se que há bacalhau à vista, isto ainda era colonizado pelos portugueses, que aquilo é uma raça que está em toda a parte e que Alá nos livre deles!
Fico portanto à espera e vê lá se te despachas que a minha vida não é esta...
Saddama

Ana [4/11/2003 04:59:00 da tarde]

 

Ou então vem cá o Pastilhas, pronto! Não se fala mais nisso!

A pedido de várias famílias ( pronto, foi só o Umbigo, mas aqui ninguém liga a pormenores, não é verdade? ) vou transcrever dois "textos" que coloquei no Pastilhas.
Aviso já que não têm , nem metafísica, nem profundiade.
São, básicamente, para descontrair...

ó pra eles:

É preciso salvar o Saddam! ( Façam Forward)

Caro senhor George W.Bush,

Chamo-me Capuchinho Vermelho, sou cidadã do mundo, e venho por este meio pedir-lhe, humildemente, que poupe a vida do senhor Saddam.
Não sei se o senhor se lembra, mas nos livros que contam a minha história, os valores da fraternidade e da amizade, são os pontos centrais.
Sabe, eu nunca tive uma vida fácil! Passei muitos aninhos a esquivar-me a um ser mau e feroz, ao senhor Lobo Mau, que me fez a vida negra e tudo e tudo!...
Claro que eu lhe tinha raiva!, pois se ele me queria comer, o sacaninha!
Mas, uma pessoa chega a uma certa idade e, lá está, vem-se-nos à memória os sentimentos da tal fraternidade e, olhe, acabei por lhe perdoar!
Mandei, inclusive, queimar os exemplares dos livros em que o senhor Lobo Mau, era esventrado , aberto de cima a baixo, com uma faca muito afiadinha, daquelas tipo estilete , não sei se está a ver, e que são muito usadas pelos Serial Killers e assim .
E isto porque já chega de violência! É no perdoar que está o segredo da nossa felicidade e dos demais.
Na altura, e socorrendo-me das facilidades deste mundo mais moderno, tive uma ideia muito original; sabe o que fiz?
Ora bem: o meu editor tem uma coisa de pôr no colo, um computador fininho e chato, assim tipo solha, mas em quadrado. Eu, que de burra não tenho nada, abri o aparelho e descobri a internet! De maneira que andei lá a pesquisar a teia e deparei-me com as contas de e-mail, grátis!
Foi então que me pensei de mim para comim : - ó Capuchinho, e se usasses esta arma de informação maciça , para manifestares as tuas ideias pacifistas e boas?
E olhe, se bem o pensei, melhor o fiz! Aquilo foi de tal ordem , que o meu método passou a ser usado amiúde.
Graças à minha perspicácia, já foram salvos , da morte certa, pelo menos umas cento e cinquenta ninhadas de cães e gatos; um batalhão de Kamikazes, mas em preto; uma dúzia ( + ou -) de porquinhos da India; sete ou oito parques de campismo selvagem; duas tascas; uma casa de passe na província; treze cantores de música pimba; uma fadista; uma fonte cibernética; trinta e sete quilos de alheiras de Mirandela; quarenta e cinco jogadores de futebol sem passaporte da U.E.; um Secretário de Estado; Ministro e meio; três milhões de frangos de aviário ;e para cima de três chefes de Estado e de Governo! E , claro, o Lobo Mau!
Como o método tem créditos firmados, isto é, é certinho que resulte, ou seja, é trigo limpo-farinha Amparo, às vezes penso que não o deveria utilizar sem negociar, a bem, a questão que envolve a acção.
É isso que pretendo com esta carta. É apelar ao seu bom coração, fazê-lo ver a justeza do meu pedido; meu e de outros cidadãos preocupados , para lhe dar a oportunidade de emendar a mão, e poupar a vida de mais uma pobre vítima da sociedade em que a gente todos vive!
Sei que ele, o senhor Saddam, se portou mal consigo e com a sua gente! Todos nós vimos aquelas imagens em que ele, ostensivamente, deitava a língua de fora ao senhor seu pai! Admito que isso é uma coisa que custa!
Mas, que diabo! Não é da mais elementar cristandade perdoar? Dar a outra face?
Pois com certeza que é!
O senhor Bush também já cometeu os seus erros, que já!
Há até aquela história muito famosa do senhor a emborcar o equivalente ao território do Arizona , mas em litros de uisque, de contrabando, e depois a apalpar sofregamente as meninas que andavam, cada uma com o seu pompom , a animar o jogo de basebol.
E isto, salvo erro, quando o senhor era o presidente da junta, da sua freguesia! E não é por isso que lhe queremos mal.
Tenho até por mim que, tirando alguns elementos da sua família, já toda a gente lhe perdoou. ( Isto de famílias, já se sabe, são uma gente que pode ser muito cruel, por vezes, tirando a sua mãezinha que é uma santa! )
Ora o senhor tem pés de barro, como todos nós , e deveria agora mostrar a sua clemência!
Pronto, não digo que não lhe depile o bigode com cera quente, que lhe dê umas reguadas; que lhe esconda o elixir capilar! Um castigozito é compreensível, mas ordenar a sua morte é excessivo!
Já se fosse o bem disposto do senhor Nagi Sabri , ainda estou como o outro...mas o senhor Saddam?
Uma pessoa olha para aqueles olhinhos e só vê pedidos de perdão!
É público e notório que o homem está arrependido! E, dizem os mais sábios, que quem se arrepende não merece castigo, mas perdão!

Veja lá isso, senhor Bush, seja um querido, e mande lá soltar o Saddam. Eu garanto-lhe já aqui,e solenemente, que o senhor Saddam , doravante, só vai praticar o bem. Vai ser só boas acções!
Faça-nos lá o jeito, a bem, ou serei obrigada- com muita pena minha- a recorrer ao forward , e eu tento sempre não ser extremista .

Cordiais saudações,
Capuchino vermelho

A missiva segue assinada pelos signatários :
Capuchinho Vermelho; Cinderela; Príncipe Encantado; Branca de Neve; Gato das Botas; Polegarzinho; Pé de Feijão; Galinha dos Ovos de Ouro; Duo Ele e Ela; Lobo Mau; Três Porquinhos; Popeye , Brutus e Olívia; Garfield; Bernardo e Bianca; Tartarugas Ninja; Elenco da Novela "Anjo Selvagem"; Batman; Zorro; Carlos Carvalhas; Sete Anões; Barbie e Ken; Britney Spears; Bruxa Má; Fada Boa; B.E.; Robim dos Bosques; Isabel de Castro; Hulk; Super-Homem; O.J.Simpson; Homem Invisível; Xena; Rocinante; Moby Dick; Jorg Haider; Mickey e Minnie ; Pateta; Jacques Chirac; Pluto; Cascão; Jessica Rabit; Picatchu; Donald e Daisy; Xico Escuro; Aladino; Paulo Coelho; Ali-Baba; João Vale e Azevedo; Irmãos Metralha; Clarabela; Scooby-do; Super-Rato; Dragon Ball Z;Sauron; Cavaleiro Negro de Mordor; Padre Amaro; Mister Bean ;
( Acrescentar nome e fazer forward...)

Ana [4/11/2003 04:57:00 da tarde]

 

Há qualquer coisa neste histerismo dos blogs, ou blogues, que me inquieta. Tanto que até tenho um ( quer-se dizer tenho dois, mas um foi criado por engano( como se este não tivesse sido!)e não interessa para o caso) !
E inquieta-me porque anda tudo a olhar para o umbigo ( N.A. isto não é uma referência ao querido UmbigoNiilista, do Pastilhas), o seu, e o do lado.
Tem a sua graça, que tem! Mas tem também algo de, como dizê-lo, patético?
Não quero com isto chamar pateta a ninguém, atenção! Pois eu também tenho um (dois) blog, e cuido dele como antes cuidava do meu Tamagoshi.
A vantagem é que este só come quando eu bem entendo, e não se me vai virar de cangalhas se me esquecer de o pôr a fazer xixi...
Porque é, à mesma; tudo virtual. E então acho imensa graça aos elogios desenfreados; às criticas veladas, ou não; ao já célebre "efeito-amigos-do-peito-da-blogosfera."
Encanta-me. Mas, lá está, inquieta-me. Eu descobri esta coisa da blogosfera porque estou numa clínica que dá pelo nome de Pastilhas.
Se não fosse o Pastilhas, eu não estava aqui. [ Gosto muito de premissas simples]
Todavia não é porque tenho agora um blog ( dois) que vou deixar de ser cliente dessa clínica. Não porque ela me trate particularmente bem, mas porque me é particularmente importante. E como os doentinhos-coleguinhas-pastilhinhas se mudaram para os blogs ...cá vim eu atrás. Maria-vai-com-as-outras.
E inquieta-me. Primeiro porque gosto pouco de não ser original!...depois porque não percebo a ponta de um corno de novas tecnologias e nem a porcaria dos acentos consegui colocar , sem pedir ajuda!
Mas, enfim, estou cá porque quero, claro! Mas vou ser tão sincera e tão mázinha que , temo, me vão cair as asinhas...
E-explico-o finalmente- isso inquieta-me, porque sem asas é muito difícil voar...
Não não há-de ser nada.
O primeiro Blog que li foi o daqueles três rapazes de direita. Ora eu fiquei toda contente, pois que sempre fui, sou e serei de direita; de uma direita conservadora não fundamentalista, que, cada vez estou mais convencida, já não há!
Fiquei com dores de barriga e passou-me logo o contentamento! ( Apesar dos rapazes serem bons, continuo a não gostar muito da técnica: eu-é-que-sei-e- quem-não-pensa-como-eu-é-uma-besta. ) Acho básico, pronto, admito!
Depois, rodei à esquerda e fui espreitar o blog com esse nome. Fiquei pior. Não que técnica seja a mesma , que não é bem; mas enfim, chateia-me!
Gostar , gostar só gosto dos blogs do colega do Pastilhas. Não vou cá citar nomes de blogs, que eu sou uma pessoa que tem dificuldade em decorar nomes aos milhares, e por isso nomeio apenas os bloguistas.
Gosto do do Difool/ Ivan (V.); gosto do do Maradona; gosto do da Lena; gosto do da Charlotte; gosto do do MacGuffin; gosto do do Alter-Lego; e gosto, de igual forma, de todos aqueles colegas pastilhinhas, que vierem a abrir sucursais. E não me importa o que escrevem. Gosto dos blogs deles porque gosto deles, e pronto!
Posso não concordar , nem sequer com as vírgulas, mas defendê-los-ei até à morte! E gosto também do blog de Possidónio Cachapa, não porque já lá tenha ido e gostado, mas porque gosto dos romances dele! Porque gostei tanto de um dos romances dele, que até o enviei para o Difool/Ivan(V.) para NY!
Adiante.
Já escrevi uma porrada de letrinhas e ainda não disse ao que vim. Pois que vim cá escrever um novo post, só para dizer que quem me quiser ler mais que vá ao Pastilhas!
Uma boa tarde! E até loguinho...


Ana [4/11/2003 02:44:00 da tarde]

[ quinta-feira, abril 10, 2003 ]

 

Bem. Anseio , febrilmente, pelas revelações do Sr. Braga Goncalves!...Isto porque, diz-nos a história, que tudo o que é lembrado, ou pensado, nos calabouços , nas celas de prisão, normalmente tem sumo.
Veja-se essa obra prima que é o livro do Sr. Vale e Azevedo, por exemplo. Uma carta, mesmo de apenas três parágrafos, pode ser também uma "bomba". E ainda por cima se for escrita, como parece ser o caso, com a "Alma em Sangue"...
Ainda dizem que já não se sofre nas prisões...
Volta meu Camilo, meu Camilo Castelo Branco adorado! Tu volta que estás perdoado...

Ana [4/10/2003 11:24:00 da manhã]

 

Acho que já resolvi a questão dos acentos. Não há nada como dormir sobre os assuntos; e ter amigos que percebem mais destas coisas do que nós.
Acho que é suposto, também, tornar disponível um endereço de e-mail , para receber críticas -boas, más e assim a assim .
Portanto cá fica o e-mail : anaalbergaria@yahoo.com.br
Um grande dia para todos!

Ana [4/10/2003 09:16:00 da manhã]

[ quarta-feira, abril 09, 2003 ]

 

Ora ca esta ele! O Blog. Sao cronicas. Escritas de manha; ou nao.
Sirvam-se e sejam bem vindos!
( continuo sem conseguir acertar com os acentos, o portugues nao quer arrancar mas isto resolve-se...)

Ana [4/09/2003 06:44:00 da tarde]