Ou seja, eu gostava de vir cá mais vezes, ao blog. Mas a vida é assim: não podemos ter, ser, ou fazer-sempre- tudo o que queremos. De maneira que, enquanto a minha gripezeca estiver activa e palpitante , tal como a minha gengiva recentemente operada; e enquanto o salário mínimo não aumentar para, pelo menos, 500 euros...eu volto, mas menos. Depois entra o novo ano...e esqueço-me disto que escrevi ( apenas a parte do salário mínimo,claro! ), e volto;mas mais.
De qualquer forma, não posso deixar de agradecer algumas coisas, antes de me voltar a meter nas drogas ( comprimidos vários, para maleitas várias ): desde logo as várias mensagens de festas felizes que me enviaram e que agradeço, de todo o coração; agradeço, também, à TV Cabo, o facto de existir!! Como vivo fora, já me tinha esquecido como se sofre, o mais das vezes, com a TVI e a SIC, por exemplo...
Também agradeço -muitíssimo- à Janssen-Cilag, pelo maravilhoso "Clonix".
Enfim.
Agora, e antes de vos desejar um feliz e maravilhoso ano de 2004, gostava de vos deixar com este pensamento: as broas castelares, compradas nos supermercados,são uma boa merdinha.
Olá!
Meus caros e minhas caras: tenho tanto, tanto para contar!...Mas,infelizmente, não tenho tempo! ;)
Volto em breve com novidades e lembranças!
Entretanto cá ficam os votos de Feliz Chanukah e de Feliz Natal ;e muitos presentes para todos. Ana [12/15/2003 12:12:00 da tarde]
[ terça-feira, dezembro 09, 2003 ]
Hoje , no Fórum Mulher, da TSF, a pergunta foi: Defende a Realização de um Novo Referendo Sobre a Descriminalização do Aborto?
A maioria das mulheres defendeu um novo referendo; e mostrou-se favorável à descriminalização. Das duas uma: ou muitas mulheres mudaram de ideias ( o que é bom ), ou se deixaram ficar em casa no primeiro referendo( o que foi e é muito mau ).
Como mulher tenho de ser favoravel à livre escolha. Não posso fechar os olhos à realidade, refugiando-me em argumentos fáceis e conceitos como "moral" e "crime".
Sou crente. A minha realção com D-us é, não só forte, mas permanente. Para tudo.
Mas isso não me torna cega. Muito pelo contrário.
Na questão do aborto cada caso é um caso. Trata-se de pessoas. De mulheres e de pequenos seres dentro delas.
Não tenho o direito de condenar quem quer que seja. E por não ter esse direito é que fico triste, muito, muito triste com a troca de argumentos estéril que sempre acontece quando se discute esta questão.
Um lado dispara : «hipocrisia» «falso moralismo» ; o outro: «imoral» « criminosas».
A lei tem de garantir a dignidade a todos os cidadãos. A lei actual não garante a dignidade das mulheres que escolhem abortar. É um facto.
É preciso mudá-la. Quer se seja contra ou a favor do aborto .
Não contem comigo para pregar regras morais. Ana [12/09/2003 05:56:00 da tarde]
Agora é aquele senhor dos Açores a dizer que acredita estar a ser vítima de uma cabala. Já não há paciência!
Raios os partam. Que falta de imaginação. E de vergonha na cara.
«No dia em que Mônica e Otávio voltaram da lua-de-mel, Mônica chegou na casa dos pais e se trancou no quarto com a mãe. Precisava contar uma coisa e não queria que o pai ouvisse.
- O Otávio é poeta, mamãe.
A mãe levou as mãos à boca.
- Minha Virgem Santíssima!
Depois perguntou:
- Como você descobriu?
- Na primeira noite. A lua estava cheia. Ele fez umas frases sobre a luz da lua no meu corpo.
- Mas você tem certeza que era poesia? Rimava?
- Não rimava, mas era poesia. Ele mesmo disse, mamãe! Eu perguntei “O que é isso?” e ele respondeu “Eu sou meio poeta”.
- Bem que seu pai desconfiou...
- Você acha que devemos contar ao papai?
- É claro. E agora.
O pai disse “Eu sabia” e determinou que chamassem Otávio para se explicar. Mônica disse que Otávio ficara de buscá-la ali depois do trabalho. Os três esperaram a chegada de Otávio. A mãe, temendo algum excesso do pai, tentou amenizar a situação:
- Ele disse que é só “meio” poeta...
O pai não disse nada. Quando soou a campainha da porta, mandou que a filha fosse para o quarto. Otávio cumprimentou os sogros efusivamente - era a primeira vez que os via depois da festa do casamento - , mas logo percebeu a frieza deles.
- O que foi? - perguntou.
- Você não nos contou que era poeta - disse o pai.
- Mas eu não...
- Não adianta negar. A Mônica nos contou. Você pensou que ela não nos contaria?
- Mas foi só um...
- Sei. Um poeminha. É assim que começa. Um versinho hoje, um versinho amanhã. Não demora você estará fazendo poemas épicos, odes a qualquer coisa, diariamente. Já vi acontecer. Acabará abandonando o emprego, roubando a mesada da minha filha, para sustentar o hábito.
- Mas eu...
- Você vai dizer que pode parar quando quiser. É o que todos dizem.
- Meu filho - interveio a mãe, aflita -, você não se dá conta do mal que a poesia pode fazer? Há quanto tempo você...
- Não interessa - interrompeu o pai - O que ele fez antes não nos interessa. Mas agora está casado. Tem responsabilidades, tem que trabalhar para manter a família. Está num ramo competitivo, não pode facilitar. Eu sei, eu sei. A poesia é tentadora. Eu mesmo, na mocidade, fiz meus sonetos...
- Eurico!
- Nunca lhe contei isto, Marta, mas fiz. Felizmente tive um pai que me orientou e parei a tempo. A Mônica foi criada sem qualquer poesia. Qualquer sugestão de métrica, nós reprimíamos. E sempre a alertamos contra os poetas.
- Será - sugeriu a mãe - que não existe um programa de reabilitação? Alguém com quem você possa se aconselhar... Mais uma vez o pai a interrompeu.
- A decisão tem que ser sua, Otávio. E tem que ser agora. Você compreende que não podemos deixar a Mônica sair desta casa, onde sempre teve toda a segurança, para viver com um poeta. Não nos dias de hoje. Faça a sua escolha. A Mônica, uma família, uma vida normal... ou a poesia.
Otávio jurou que abandonaria a poesia para sempre, a Mônica foi chamada, os dois foram para o apartamento novo, Mônica um pouco desconfiada. Otávio ouvindo a advertência, na saída: “Olhe lá, hein?”
Hoje, sempre que fala com Mônica pelo telefone, a mãe pergunta:
- E o Otávio?
- Está bem, mamãe.
- Nunca mais...
- Nunca.
Às vezes, quando a família está toda reunida, Otávio diz umas coisas que provocam troca de olhares entre os outros e a suspeita de uma recaída. Depois a Mônica assegura que aquilo não é poesia, é só o jeito dele. Mas seu Eurico e dona Marta vivem preocupados com a filha. Nas noites de lua cheia, então, dona Marta nem consegue dormir direito.»
[Luís Fernando Veríssimo, Revista de Domingo, Jornal do Brasil, 25/4/93]
Imaginem aqueles "cães" minorcas e com lacinhos na cabeça. Imaginem dois.
Agora imaginem que vão a passar por uma rua calma e, de repente, vos saltam às pernas essas duas amostras de quadrúpedes. Aconteceu-me.
Uma dessas bolas de naflatina com pêlos, filou os dentecos numa perna das minhas calças de fazenda-novas!; o outro anormal agarrou-se a uma das minhas botas. Um de cada lado. A primeira reacção é rir, claro. Mas depois de uns minutos daquilo uma pessoa cansa-se e chateia-se.
As bestas mirim não desistiam e puxavam furiosamente, um pela fazenda, o outro pelo couro.
A vida custa a todos, de maneira que para não ficar com as calças com buracos maiores, e com uma bota imprópria para a chuva , resolvi tomar uma medida drástica: abanei as pernas. Uma de cada vez, claro!...que não pretendia estatelar-me no chão, e fazer uma figura ainda mais triste. De modo que , primeiro, abanei a perna com o "berloque" agarrado à perna das calças; o lapónio peludo sacudia-se, mas largar que era bom...nada! Descansei a perna esquerda e encetei o abananço da perna direita.Mas o "cão", qual homem-aranha, aguentou-se à bronca e ferrou ainda mais os dentecos.
Perdi a paciência. Tirei a luva que cobria a minha mão direita, inclinei-me e cravei as unhas na orelha tenrinha do assaltante da esquerda. Largou-me logo, o nojentinho. Fiz o mesmo ao meliante da direita, que também me largou.
Só que os ratos histéricos desataram a ganir, mas à séria! Pareciam mesmo cães!
E isso fez com que a dona, uma avantesma ( tinha de ser uma gorda pintadíssima! ) aparecesse no local do crime.
« Ai meus pequeninos» dizia a gorda ; e , virada para mim: « o que é que fez aos meus fifis?»
E eu enquanto tirava resquícios de pêlo das unhas: « Nada.Eu não lhes fiz nada; par contre eles atacaram-me!»
«Ai mas eles estão a queixar-se.Você fez-lhes mal de certeza. Sua mulher má!» Guinchou-me a balofa apalhaçada.
Muito cool, deixei-a a grunhir sozinha e comecei a afastar-me. Mas o camião-tir foi atrás de mim.
Pensei: Bom, se o mamute se agarra a mim, vou ter de lhe dar o mesmo tratamento.E comecei a preparar as minhas unhas. Mas não. A glutona apenas me lançou perdigotos por via dos berros de «mulher má; mulher cruel». Só que as pulgas felpudas, quiçá movidas pelo espírito de vingança e por se sentirem mais seguras com a presença do pote de banha , voltaram a abocanhar-me uma perna. E com empenho, aliás.
Caraças! Sacudi fortemente a perna e com toda a força que arranjei dei um pontapé num dos viscosos fifis...que não me admiraria se o tivessem ido resgatar ... aos Alpes!
A baleia desatou então a berrar e a pedir socorro, enquanto o outro caganito metia o rabo entre as patas e se escondia junto aos pilares robustos da matrona avantajada.
Então, expliquei-lhe (como se fosse preciso!) que apenas me defendi. E que não queria chatices. E como sou boa pessoa, até lhe dei um conselho: Que prenda as amostras de cão ou então que feche o portão. Por rimar e por ser verdade, claro.
A marafona afinou , insultou-me e jurou vingança.
Puxei uma cadeirinha e encontro-me -pacientemente- à espera.
[ A sorte dela, e das bolas de pêlo, foi eu só ter visto o "Kill Bill" depois ...]
Falta de tempo para a internet stop Muitas coisas para preparar antes de me pirar stop Férias à vista e trabalho atrasado stop Testes relaxam cabeças cansadas stop Beijos misteriosos (como diz o teste) stop.
You have a mysterious kiss. Your partner never knows what you're going to come up with next; this creates great excitement and arousal never knowing what to expect. And it's sure to end in a kiss as great as your mystery.
Se hoje não fosse feriado aí , escrevia um post violentíssimo. Assim limito-me a dizer-vos: todos os pés nascem descalços.
Pois. Fui ver o " Kill Bill " Vol.1, de Quentin Tarantino. Descobri Três coisas:
-Sou sádica; [ nunca me tinha apercebido ,antes, da beleza (no cinema claro!) de cabeças, braços e pernas a voar ]
-Tenho pés parecidos com os da Uma Thurman;
-Quero-com urgência- um sabre japonês.