António Monteiro é uma excelente escolha para o MNE.
Mas não é sobre isso que quero falar.
Há dois dias contei-vos aqui um caso, mais um, de antisemitismo em França.
A diferença entre este último e os outros, é que este último foi inventado. Não por mim, claro!, mas pela jovem mãe. A jovem senhora inventou a história . E escolheu dar-lhe um cunho antisemita porque, e passo a citar:« Seria mais credível a agressão.»
Há aqui dois pontos fundamentais:
Primeiro - a rapariga é desequilibrada; tem um historial de queixas por agressão física e sexual longo; sempre queixas que não deram em nada porque nunca se provaram as agressões. A rapariga , no dia em que disse ter sido agredida, tinha de efectuar o pagamento de um carro e não tinha dinheiro. Inventou a história toda para se livrar do compromisso.
Segundo - Os casos de antisemitismo em França são quase diários. Há, de resto, um aumento substâncial do número de judeus franceses que estão a trocar a França por Israel .É realmente preocupante a situação dos judeus, não só em França, mas em muitos outros países do velho continente.
E foi esta realidade que levou a que ninguém duvidasse da agressão contada a semana passada pela jovem mãe.
A polícia acreditou ; a justiça acreditou; o governo acreditou; o Presidente francês acreditou. A imprensa acreditou.
Todos comentaram o caso; deram-lhe toda a importância . O caso fez manchetes nos jornais; abriu os noticiários televisivos e radiofónicos.
Foi por ser tão verosímil que ninguém duvidou. Porque estes casos acontecem. Infelizmente é assim.
O trágico de toda esta história inventada ( baseada, no entanto, num caso bem real ) é que dá argumentos a quem não gosta de judeus; e , talvez pior, levantou mais uma vez suspeitas sobre a comunidade árabe em França.
Porque a jovem mãe disse que tinha sido atacada por 6 jovens árabes.
E é perfeitamente compreensível a indignação da comunidade árabe.
O antisemitismo é um cancro geral. Mas é verdade que, pelos menos aqui em França, sempre que se fala em antisemitismo se aponta o dedo só aos árabes e aos muçulmanos. E isso é injusto.
Porque ao fazer-se isso, está-se a tentar combater uma forma nojenta de racismo - o antisemitismo - com outras formas de racismo - arabofobia e islamofobia, igualmente nojentas.
E isso é profundamente errado , injusto e desumano; tal como o é o antisemitismo dirigido aos judeus.
Mal a polícia anunciou que a jovem senhora tinha inventado tudo , a comunidade árabe protestou. E com razão.
Mal a polícia anunciou que a jovem senhora tinha inventado tudo, a comunidade judaica protestou. E com razão.
Isto porque , como infelizmente tem vindo a ser hábito, aparecem logo uns especialistas em filhadaputice a dizer : « Estão a ver? São os judeus que inventam tudo para se fazerem de vítimas!»
Os mesmos filhos da puta que têm a lata de achar que alguns dos atentados em Israel são organizados pelos próprios judeus para justificar algumas medidas drásticas de segurança.
Que D-us lhes perdoe que eu não sou capaz.
Para terminar: a jovem senhora não é judia ; utilizou o antisemitismo ,latente neste país em que vivo, como camuflagem , porque isso daria credibilidade às suas fabulações. Conseguiu com isso fazer mal à comunidade árabe e à cominidade judaica.
Não tenho qualquer tipo de piedade em relação à jovem senhora. Se é maluca que se trate.
E espero que receba um castigo exemplar. Exemplar.
Porque não se pode brincar com coisas assim tão sérias.